quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou, nesta segunda-feira (28), um relatório alertando que os impactos gerados pelas mudanças climáticas estão “muito mais rápidos” do que foi previsto anteriormente pelos cientistas, o que está causando “perturbações perigosas e generalizadas na natureza”.
Segundo o relatório do Painel Intergovernamental sobre Especialistas em Mudanças Climáticas (IPCC), os esforços que estão sendo realizados para frear as alterações climáticas não estão sendo suficientes, o que, consequentemente, gera danos para a vida de bilhões de pessoas, principalmente para comunidades locais e indígenas.
“Tenho visto muitos relatórios científicos na minha vida, mas nada como isso (...) O relatório do IPCC apresentado hoje é um atlas do sofrimento humano e uma indagação sobre danos e sobre o destino de nossas lideranças climáticas. Fato a fato, esse relatório mostra que pessoas e planeta estão afetados pelas mudanças climáticas”, afirmou o secretário-geral geral da ONU, António Guterres, ao abrir seu discurso na coletiva de entrevistas realizada para divulgar o documento.
“Neste momento, praticamente metade da humanidade vive em zona perigosa. Neste momento, muitos ecossistemas chegaram a um ponto sem retorno. E neste momento, o alcance descontrolado da poluição corrente força uma vulnerabilidade global que está em marcha para a destruição. Os fatos são inegáveis. Essa abdicação de nossas lideranças é criminosa. Os grandes poluidores continuam sendo os culpados por prejudicar nosso único lar”, acrescentou Guterres.
Já para o presidente do IPCC, Hoesung Lee, “este relatório traz um sério alerta sobre as consequências da inação”, uma vez que mostra que as mudanças climáticas são uma “ameaça cada vez mais séria ao nosso bem-estar e à saúde do planeta”. Enquanto para a diretora do Programa Ambiental das Nações Unidas, Inger Andersen, a mensagem do relatório é evidente: “mudanças climáticas já são nossos oponentes”.
O alerta efetuado pelo estudo é de que em alguns locais, se o aquecimento global aumentar mais de 2ºC, o “desenvolvimento resiliente ao clima será impossível”. Sendo assim, o documento destaca “a urgência de implementar a ação climática, com foco particular na igualdade e justiça”, o que resulta na necessidade de implementar um “financiamento adequado, transferência de tecnologia, compromisso político e parcerias que aumentem a eficácia da adaptação às mudanças climáticas e à redução de emissões”.
(Com informações da Agência Brasil)
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.