Nesta terça-feira (08/11), os americanos votam para renovar a Câmara de Representantes e parte do Senado. Os resultados determinarão o nível do poder do presidente Joe Biden, democrata, assim como o futuro do líder republicano, Donald Trump. As pesquisas atuais não apontam cenários favoráveis ao atual governo.

Biden, ao que tudo indica, deve enfrentar onda republicana no Congresso e ver sua margem de manobra reduzida até 2024, que é quando se inicia a campanha para eleição presidencial. Os democratas, atualmente, possuem 222 assentos dos 435 na Câmara de Representantes, contra 213 para os republicanos. No entanto, ao que parece, uma reviravolta deve ocorrer.

Ao menos de 10 a 25 assentos devem ser da oposição. Os republicanos têm 84% de chance de se tornarem majoritários na Câmara de Representantes, segundo o site de pesquisas e estatísticas FiveThirtyEight.

As prospecções para o Senado é de um empate. Atualmente a câmara alta é dividida entre um grupo de 50 democratas e independentes e 50 conservadores. Em caso de empate, cabe à vice-presidente Kamala Harris dar a palavra final.

Com a votação, 35 assentos no Senado serão renovados. Atualmente 21 dos assentos são ocupados por republicanos e 14 por democratas. De acordo com o FiveThirtyEight, os republicanos possuem 59% de chances de obter a maioria, um avanço obtido nas últimas semanas. Três semanas antes da eleição, no último dia 18, os democratas ainda contavam com uma vantagem de 63% para conservar a situação atual.

Mesmo sem ter seus nomes nas cédulas de votação, Joe Biden e Donald Trump se tornaram protagonistas de uma intensa campanha eleitoral que mais uma vez evidenciou a atual divisão nos Estados Unidos.

O Democrata obteve maioria na Câmara e um empate no Senado naeleição de 2020, que, na prática, é maioria porque o voto de desempate recai sobre a vice-presidente Kamala Harris.

Isso permitiu que Biden aprovasse alguns dos projetos de sua ambiciosa agenda legislativa.

É um momento-chave para os republicanos, já que serão as primeiras eleições desde que Trump deixou a Casa Branca e, portanto, o melhor indicador para o ex-presidente decidir se concorre ou não como candidato à presidência em 2024.

Se os republicanos assumirem o controle de qualquer uma das Casas, eles podem colocar efetivamente um freio na agenda de Biden.

O partido também pode controlar os comitês de investigação do Congresso, o que possibilitaria encerrar a investigação em andamento sobre a invasão ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, embora a expectativa seja de que o trabalho da comissão seja concluído no fim deste ano.

(Com informações do G1)