quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinalou nesta terça-feira (15), que o país pode buscar um acordo em que não se torne membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Segundo Zelensky, mesmo que a aliança tenha uma política de portas abertas, a Ucrânia não pode se tornar um de seus membros.
“Entendemos que a Ucrânia não é membro da Otan. Entendemos isso, somos pessoas razoáveis. Durante anos ouvimos falar de portas supostamente abertas. Mas já ouvimos que não devemos entrar lá. Isso é verdade e temos que reconhecer”, afirmou. O presidente ucraniano também afirmou que o país precisa de novos formatos de cooperação. “Se não pudermos entrar pelas portas abertas, devemos cooperar com comunidades que nos ajudarão e nos protegerão e ter garantias separadas”, completou Zelensky.
A fala do presidente da Ucrânia deixou implícito que a Ucrânia pode desistir da possibilidade de adesão à Otan. A capital da Ucrânia, Kiev, já demonstrou estar disposta a aceitar um tipo de neutralidade, o que simbolizaria não fazer parte de alianças militares. Isso, no entanto, contraria um objetivo já explícito da Constituição ucraniana, que estabelece a adesão à Otan como meta.
A Rússia além de exigir a não integração da Ucrânia à Otan também exige a desmilitarização ucraniana, este ponto Kiev nunca demonstrou querer ceder. Outro pedido da Rússia é o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas de Luhansk e Donetsk, no leste da Ucrânia, além da admissão que a Península da Crimeia é parte do território russo.
Negociações
Apesar de demonstrar otimismo neste final de semana sobre um possível fim do conflito, os líderes ainda se mostram divididos sobre a guerra.
O Kremlin diz ser muito cedo para fazer previsões sobre possíveis resultados das negociações entre Ucrânia e Rússia. “O trabalho é árduo, e, na situação atual, o próprio fato de eles continuarem [as conversas] é provavelmente positivo”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres nesta terça-feira.
O conselheiro chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Oleksiy Arestovich, foi mais detalhista em sua análise sobre o conflito. O conselheiro acredita que a guerra provavelmente não passará do início de maio, pois, segundo Arestovich, a Rússia ficará sem recursos para manter os ataques.
Com informações do jornal OGlobo
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