quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Por não querer ir para asilo, mulher mata filho

POR Jornal Somos | 09/07/2018
Por não querer ir para asilo, mulher mata filho

Redação Jornal Somos

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Na semana passada, em Fountain Hills, no condado de Maricopa, uma mulher de 92 anos de idade matou seu filho de 72 anos, para evitar ser mandada para um asilo. A mãe escondeu duas armas compradas na década de 70 e atirou em seu filho, sua intenção era cometer suicídio também, mas a namorada do filho não permitiu.

Ajuda psicológica


A psicóloga Caroline Josiane Fernandes comentou o caso e explicou como se deve agir com os idosos e qual a maneira mais apropriada de se chegar em um acordo


''É preciso avaliar o caso com cautela, o que acompanhamos hoje são filhos que não aprenderam a cuidar do outro. E o idoso tem uma demanda de cuidados tal qual uma criança, muitas vezes precisam de ajuda para higiene, alimentação, cuidados básicos. A facilidade de colocar o pai ou mãe em um abrigo para idosos facilita a tomada de decisão. No entanto é preciso ressaltar que a saúde mental do idoso, que já sofre com suas próprias limitações, pode ser ainda mais prejudicada com contrariedades, abandono e solidão.


Para filhos que tiveram pais ausentes na infância, se ver na condição de cuidar desse pai será ainda mais conflitante. Os sentimentos podem variar entre frustração, responsabilidade, culpa.


O ideal é ter uma conversa e fazer a vontade do idoso, se ele quer viver em um abrigo ou se prefere ser cuidado pelos filhos, pois, para o pai ou mãe pode ser constrangedora a situação! Os filhos podem dividir responsabilidades, ou mesmo colocar um cuidador a disposição na casa do idoso, dependendo das condições dessa familia. Ressaltando que o mais importante é valorizar o desejo do idoso, buscando condições de satisfazê - lo''.
O neurocirurgião Moíses Heleno Vieira Braga também comentou sobre como os filhos e familiares em geral tem cada vez menos paciência para cuidar dos idosos e como se torna mais fácil deixá - los em abrigos e asilos.

Falta paciência


''As pessoas não tem nenhuma paciência, muito pelo contrário, o número de idosos sendo deixados em casa de abrigo só aumenta, a família tem cada vez menos compromisso com aquele ente e hoje temos vários problemas. A gente vê em questões hospitalares, os idosos não tem acompanhante, então, muitas vezes a gente não sabe se tem filho ou não, porque ninguém trouxe, ninguém solicitou aquele ente, ninguém se identificou como parente, infelizmente a tolerância é cada vez menor''.


Um outro agravante é o aumento da quantidade de idosos no Brasil


'' Além do fator da dificuldade, a população do Brasil cresce esponencialmente, a gente vive hoje um problema ai na política, que é a previdência que a população acima de 62 anos cresce 10 vezes mais que a população de jovens, então a quantidade de idosos multiplica cada vez mais e realmente como fica dicifil, você tem que trabalhar, não da para largar o emprego para se dedicar aquele idoso, a gente vê assim um número de abandonos extremamente elevado'',acrescentou o neurocirurgião.

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