A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou, nesta sexta-feira (4), por meio de uma porta-voz da entidade, Margaret Harris, que não espera uma vacinação ampla contra a Covid-19 até meados do próximo ano, enfatizando sobre a importância de checagens rigorosas quanto a eficácia e a segurança das imunizações.

Segundo informado pela porta-voz da Organização, nenhuma das vacinas candidatas que estão em testes clínicos avançados demonstrou, até então, um sinal claro de eficácia em um nível mínimo de 50%, que é o buscado pela OMS.

A Rússia concedeu aprovação regulatória para uma imunização após menos de dois meses de testes em humanos, e apesar de ter divulgado, também nesta sexta-feira (4), resultados positivos, estes ainda são referentes as fases 1 e 2, ou seja, tratam-se de testagens preliminares.

Na última quinta-feira (3), autoridades de saúde pública dos Estados Unidos (EUA) e a Pfizer informaram que a imunização estará pronta para distribuição até final de outubro, porém, este prazo é antecedente as eleições presidenciais norte-americanas, em 3 de novembro, na qual a pandemia de Covid-19 pode ser fator determinante entre os eleitores que decidirão se Donald Trump, atual presidente, terá um segundo mandato.

“Realmente não estamos esperando ver uma vacinação ampla até meados do ano que vem. Esta Fase 3 (de testes clínicos) tem que ser mais longa, porque precisamos ver quão realmente protetora a vacina é e também precisamos ver quão segura ela é. Muitas pessoas foram vacinadas e o que não sabemos é se a vacina funciona, neste momento não temos um sinal claro se tem, ou não, o nível de eficácia e segurança necessários”, disse Margaret Harris.

O comunicado de Harris ocorreu durante um briefing da Organização das Nações Unidas, em Genebra, e suas falas não se referiram, especificamente, à uma vacina em potencial. Para a OMS, todos os dados ainda devem ser compartilhados e comparados.

Com informações da Agência Brasil e G1