quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Freepik
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a preocupante redução no uso de preservativos e outros métodos contraceptivos entre adolescentes, destacando as potenciais consequências desse comportamento, como o aumento nas taxas de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Essa tendência de declínio no uso de preservativos entre os jovens é vista com grande preocupação por especialistas em saúde pública.
Alberto Chebabo, infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, enfatiza a importância do uso de preservativos não apenas para prevenir o HIV, mas também para evitar a transmissão de outras ISTs. "Muitas pessoas que fazem uso da profilaxia pré-exposição (PrEP) contra o HIV acabam subestimando a importância do preservativo, esquecendo que existem outras doenças sexualmente transmissíveis que também requerem proteção", alerta Chebabo.
O médico também ressalta que, embora existam diversos métodos de prevenção disponíveis, a camisinha continua sendo uma das ferramentas mais acessíveis e econômicas. Além de ser um método eficaz na prevenção de ISTs, a camisinha desempenha um papel crucial como contraceptivo, ajudando a evitar gravidezes indesejadas.
Uma pesquisa recente da ONU revelou dados preocupantes: quase um terço dos adolescentes de 15 anos relatou não ter utilizado nenhum método contraceptivo, como preservativo ou pílula anticoncepcional, na última vez em que tiveram relações sexuais. Os resultados indicam uma disparidade no uso de preservativos entre diferentes grupos sociais e geográficos, com adolescentes de famílias mais pobres ou de baixa renda sendo mais propensos a não utilizar qualquer método de proteção.
A pesquisa também mostrou variações significativas no uso de preservativos entre os países europeus. Entre as meninas, a Albânia apresentou a menor taxa de uso, com apenas 24%, enquanto a Sérvia registrou a maior, com 81%. Já entre os meninos, a menor taxa foi observada na Suécia, com 43%, e a maior na Suíça, com 77%. Esses dados reforçam a necessidade de políticas públicas eficazes que promovam a educação sexual e o acesso a métodos contraceptivos entre os jovens, especialmente nas regiões mais vulneráveis.
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