O atual presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, tem negado o resultado das eleições presidenciais que apontaram, neste sábado (7), o seu adversário Joe Biden como vitorioso. Apesar de o democrata ter conquistado os 270 delegados necessários no Colégio Eleitoral para ganhar a corrida presidencial, o republicano se declarou vencedor e se comporta como quem não irá entregar o cargo.

Considerando este contexto e também o fato de que nunca antes na história algo semelhante aconteceu, surge o questionamento: e se Trump se recusar a entregar o cargo à Biden? Inicialmente, até 20 de janeiro de 2021, data da posse, nada será feito. Porém, depois desse dia, o republicano poderá ser tirado a força da Casa Branca.

O atual presidente não é obrigado a reconhecer a derrota e nem a fazer o discurso do perdedor. Apesar também de nunca antes um candidato ter agido desta forma, estas formalidades tratam-se de tradições, não de regras. Não fazê-las é uma atitude mal vista pelos americanos, mas não corresponde à uma violação.

A transição de governos não promete ser pacífica, entretanto, ela é obrigatória por lei nos EUA e sua realização já está sendo posta em prática pelo alto escalão da Casa Branca, segundo apurações da CNN americana.

A dificuldade de transição está prevista para ocorrer até 20 de janeiro, pois neste período ainda ocorre processo eleitoral, onde Trump pretende reverter a atual situação, judicializando a eleição, assim como aconteceu em 2000. De toda forma, são necessárias provas contundentes para isto se tornar uma realidade, e o atual presidente não aparenta possuí-las.

O resultado de agora corresponde às projeções feitas pela imprensa americana, porque o país não possui um órgão de apuração como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro, e enquanto isso, Trump pode jogar com a justiça, pois o reconhecimento político de vencedor só é feito pelo Congresso e ocorre, de fato, no dia 6 de janeiro.

Com informações do Mais Goiás