quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Uma nova variante da Covid-19 foi detectada por cientistas da África do Sul. A descoberta foi anunciada, nesta quinta-feira (25), por autoridades do país, que afirmaram que esta cepa representa uma “grande ameaça” aos esforços realizados para a contenção da pandemia.
A expectativa desta sexta-feira (26) é que a Organização Mundial da Saúde (OMS) batize a B.1.1.529 com um codinome grego. Apesar de ainda ser cedo para avaliar o nível de transmissibilidade e periculosidade, esta nova cepa já é considerada a que possui a maior quantidade de mutações, o que fez com que um pesquisador a classificasse como “horrível”.
Até o momento estão confirmados 77 casos na Província de Gauteng, na África do Sul; 4 casos em Botsuana; e 1 em Hong Kong, relacionado de forma direta a uma viagem à África do Sul. Diante disso, países como Israel, Alemanha e Reino Unido estão realizando ações como a restrição de viagens ao país de origem da variante e o bloqueio da entrada de pessoas vindas de alguns países africanos.
O professor brasileiro Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação, na África do Sul, informou, durante coletiva de imprensa, que foram detectadas, ao todo, 50 mutações, sendo mais de 30 destas na proteína spike (responsável pela entrada do vírus nas células), o que torna essa variante “muito diferente” das já existentes.
A evolução notada na variante traz preocupações porque pode significar a ineficácia dos imunizantes contra a Covid nestes casos, uma vez que as vacinas foram elaboradas considerando a cepa original do vírus. Apesar disso, é importante frisar que a África do Sul possui apenas 24% da população totalmente imunizada, e sendo assim, pode ocorrer de a cepa não ter tanta força em países com uma taxa mais elevada de vacinação.
(Com informações do G1 e do DW)
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