quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Reconstrução artística do Parutaetus oliverai | Foto: Márcio L. Castro
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) fizeram parte de uma descoberta paleontológica significativa: uma nova espécie de tatu extintos, batizada de Parutaetus oliveirai. Fósseis desse animal foram encontrados na Formação Guabirotuba, em Curitiba, revelando informações valiosas sobre a fauna pré-histórica da região.
A identificação da nova espécie foi possível graças a uma análise detalhada dos osteodermos — as placas ósseas que formam a carapaça do tatu — utilizando microtomografia computadorizada. Os cientistas notaram características exclusivas que se relacionam ao grupo dos Euphractinae, o que inclui tatus modernos como o tatu-peludo e o tatu-peba, bastante comuns no Brasil.
Uma das principais descobertas foi a presença de um maior número de forames nos osteodermos do Parutaetus oliveirai, indicando que essa espécie possuía uma cobertura de pelos mais densa do que outras espécies similares. Essa adaptação está provavelmente relacionada a um período climático mais frio, indicando que o animal precisa de proteção térmica adicional.
A pesquisa foi liderada por Tabata Klimeck, da UFSM, com a colaboração dos cientistas Martin Ciancio (Museu de La Plata, Argentina), Fernando Sedor (Museu de Ciências Naturais, UFPR) e Leonardo Kerber (Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia /CAPPA, UFSM).
*Com informações Jornal Opção
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