quarta-feira, 03 de julho de 2024

MUNDO

Neutralidade X Integridade: negociações do fim da Guerra entre Ucrânia e Rússia

POR | 28/03/2022
Neutralidade X Integridade: negociações do fim da Guerra entre Ucrânia e Rússia

Imagem: Twitter Volodymyr Zelensky/Reprodução

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Neste domingo (27/03), o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, realizou algumas videoconferências, e entre elas deu entrevistas à imprensa russa. Durante esta conversa chegou a colocar pontos que poderiam levar as negociações com a Rússia, pelo fim do conflito armado, uma realidade. Entretanto, Kiev insiste que não fará concessões sobre a integridade territorial da Ucrânia, conforme o clima no campo de batalha muda a seu favor. Autoridades ucranianas minimizaram chances de grande avanço nas negociações, que serão realizadas em Istambul depois que o presidente turco, Tayyip Erdogan, falou com o líder russo, Vladimir Putin, nesse domingo. 

 

 

Na última semana, a Guerra completou um mês de ataques, e segundo os especialistas políticos, apesar da grande devastação visual e de vidas, o presidente Vladimir Putin ainda não conseguiu tomar nenhuma cidade importante ucraniana. Contudo, o mundo tem torcido para que as negociações que têm acontecido na Turquia alcançem uma solução e pare com as lutas.

 

 

Existe um novo encontro marcado para o início desta semana, e vinha carregado de esperança diante das falas feitas pelo presidente ucraniano ontem. De acordo com a agência de notícias Reuters: "Garantias de segurança e neutralidade, status não nuclear de nosso estado. Estamos prontos para isso. Este é o ponto mais importante", disse Zelensky, segundo a Reuters. Ele descartou, ainda, a tentativa de recuperar à força o território sob domínio da Rússia, dizendo que isso desencadearia a terceira guerra mundial. Zelenksy também deixou claro que quer chegar a um acordo sobre a região de Donbass, dominada por forças aliadas à Rússia desde 2014. Por outro lado, o chefe reforçou que a Ucrânia se recusa a discutir outras demandas da Rússia, como a desmilitarização do país. A Reuters afirma que Moscou tentou desencorajar a imprensa russa a participar da coletiva de imprensa. Zelensky, por sua vez, deu a entrevista em russo, com o objetivo de que sua mensagem chegasse até a população russa.

 

 

Ucrânia e Rússia devem manter, nesta terça-feira (29), as primeiras negociações de paz presencialmente, em mais de duas semanas. O fato de a conversa ocorrer pessoalmente, pela primeira vez desde uma reunião amarga entre ministros das Relações Exteriores em 10 de março, é um sinal de mudanças nos bastidores, à medida que a invasão russa enfrenta dificuldades. Uma autoridade turca de alto escalão afirmou que as negociações de Istambul começam nesta segunda-feira, mas o Kremlin disse mais tarde que não devem começar até terça-feira, acrescentando que é importante que elas ocorram pessoalmente, apesar do escasso progresso até agora.

 

 

Assim, os dois lados discutiram publicamente o progresso em uma fórmula diplomática, sob a qual a Ucrânia pode aceitar algum tipo de status formal neutro. Mas nenhum deles cedeu às demandas territoriais da Rússia, incluindo a Crimeia, que Moscou apreendeu e anexou em 2014, e territórios orientais conhecidos como Donbass, que Moscou exige que Kiev ceda aos separatistas. "Não acredito que haverá qualquer avanço nas principais questões", disse o assessor do Ministério do Interior ucraniano, Vadym Denysenko.

 

 

Segundo as Nações Unidas, mais de 1.119 civis foram mortos até o momento, mas é provável que o número seja ainda maior. A Rússia nega ter atingido civis na Ucrânia. Na cidade portuária de Mariupol, que já teve cerca de 400 mil habitantes, o bombardeio russo tem se prolongado e colocado a cidade em estado de sítio.

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