quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Uma nova “descoberta emocionante” foi divulgada pela Nasa, nesta segunda-feira (26). A agência espacial dos Estados Unidos afirma ter encontrado moléculas de água na superfície lunar, sendo esta uma prova definitiva da existência de H2O na Lua. Segundo os cientistas, ainda não é possível saber se a água é potável ou se ela poderá ser utilizada como recurso natural.
“Muitas pessoas pensam que a detecção que fiz é água em forma de gelo, o que não é verdade. São apenas as moléculas de água – porque estão tão espalhadas que não interagem umas com as outras para formar gelo ou estar na forma liquída”, explica Casey Honniball, pesquisadora da Nasa e autora do estudo que atestou a presença de água na Lua.
NEWS: We confirmed water on the sunlit surface of the Moon for the 1st time using @SOFIAtelescope. We don’t know yet if we can use it as a resource, but learning about water on the Moon is key for our #Artemis exploration plans. Join the media telecon at https://t.co/vOGoSHt74c pic.twitter.com/7p2QopMhod
— Jim Bridenstine (@JimBridenstine) October 26, 2020
Para a descoberta, os pesquisadores utilizaram dados do observatório Sofia, que é uma aeronave Boeing 747SP modificada para carregar um telescópio, capaz de mostrar uma visão mais ampla do sistema solar e do universo. As moléculas de água foram avistadas na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra.
Para o astrônomo Cássio Barbosa, este anúncio “é uma confirmação direta da existência de água na lua”, algo do qual já haviam suspeitas sobre. Ele explica que “os métodos anteriores davam margem a dúvidas, ainda que pequenas. Esse resultado é muito mais robusto”.
“A água pode ser usada para abastecer as estações espaciais, mas também pode ser decomposta em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio, quando queima, libera muita energia e pode servir de combustível. Já o oxigênio servirá para manter a atmosfera dessa base lunar”. (...) A importância de se descobrir água na lua é estratégica: ela será útil para a colonização da Lua”, ressalta Cássio.
— Jornal Somos (@JornalSomos) October 26, 2020
A Nasa encarou o encontro de água na Lua como um recurso potencial. A partir disso, foi criado o programa Artemis, em 2019, com o intuito de, nos próximos anos, enviar astronautas americanos de volta ao único satélite natural da Terra, onde será possível utilizar a água lunar não apenas para matar a sede dos exploradores, mas também para reabastecer seus foguetes.
A primeira pista mais contundente da existência de água na Lua havia surgido no ano de 2009, quando imagens da espaçonave Chandrayaan-1, da Índia, registraram assinaturas consistentes de reflexos de água na luz na superfície do satélite natural. Mesmo com esse indício, era impossível ter a certeza naquele momento devido as limitações técnicas.
Com informações do G1
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