Criar uma nova senha em contas da web não é um hábito restrito apenas aos esquecidos.  Constantemente, os serviços digitais também ficam requisitando uma mudança periódica de senhas. Entretanto, apesar de parecer algo comum e inofensivo, esse hábito pode te tornar mais vulnerável a hackers.

O perigo mora no fato de que, quando alteramos nossas senhas, nos inclinamos a realizar mudanças mínimas, o que torna a chave de segurança muito mais fácil de ser adivinhada por cibercriminosos. Geralmente, modificamos um algarismo por outro, ou acrescentamos algo, e essa prática nos torna vulneráveis.

"No final, acabamos recorrendo a derivados da mesma senha porque não conseguimos lembrar de outras novas e mais robustas para todos os serviços que utilizamos. Além disso, é comum reutilizar a mesma senha - ou outra muito semelhante - em vários serviços. Isso significa que, se houver uma violação de segurança ou uma senha for roubada em uma campanha de phishing [uma fraude baseada em roubo de identidade], os hackers podem adivinhar facilmente a senha que você usa em outras plataformas, adicionando ou alterando os dígitos da base que eles já têm", explicou Juan Caubet, diretor da Unidade de Segurança de TI do centro de tecnologia Eurecat, na Espanha.

A dica do especialista em cibersegurança para dificultar a tentativa de golpe dos hackers é que, sempre que for requisitado ou for preciso trocar a senha, alterar por uma totalmente nova e também robusta. Entretanto, ele reconhece que fazer isso é difícil devido à quantidade de chaves de seguranças que precisamos memorizar. "O problema é que isso é complicado porque usamos muitas senhas", assume.

Apesar disso, para Caubet, a necessidade de mudar de senha se tornará algo obsoleto, pois ter uma única chave de segurança é muito mais seguro. "As pessoas vêm tentando descobrir como tornar as senhas mais seguras há muito tempo, mas a mudança de senha obrigatória é um conserto temporário e logo ficará obsoleto - uma única senha forte é melhor do que várias que são menos seguras”, afirma.

(Com informações do G1)