segunda-feira, 08 de julho de 2024

MUNDO

Minha orientação: um direito ou dever?

POR | 18/09/2018
Minha orientação: um direito ou dever?
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Recentemente a Suprema Corte da Índia revogou a lei criada no século XIX que penalizava a práticas homossexuais com até 10 anos de prisão. De acordo com a ONU, ainda existem mais de 70 países onde a homossexualidade é criminalizada. Apesar de o Brasil não possuir uma lei assim, está entre os recordistas nas mortes causadas por homofobia.

Em 2011, devido à pressão de parlamentares conservadores, foi vetado pelo Ministério da Educação o projeto Escola Sem Homofobia, que tinha como objetivo ensinar aos estudantes como identificar e combater práticas homofóbicas. Apesar disso, até hoje o projeto sofre a perseguição dos reacionários, que são incapazes de entender o caráter empático que o fundamentava.
Somente no primeiro semestre de 2017 a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos recebeu 725 denúncias relacionadas a homofobia, incluindo suicídios. De acordo com o Correio Braziliense, até o momento São Paulo é a cidade recordista nos assassinatos de LGBTs e a maioria das mortes é causada por armas de fogo.

 

A justificativa por trás desses dados são as construções sociais de que a homossexualidade seria uma “perversão sexual” ou um “pecado mortal”. É isso que normaliza os comportamentos discriminatórios, desde proibir o contato de alguém com a própria família até a negação de direitos básicos pelo Estado como a segurança.

 

Além disso, nas eleições de 2018, no Brasil, existem candidatos que usam o discurso preconceituoso como propaganda. E funciona. Isso mostra o quanto a nossa sociedade pode ser tirana com aqueles que fogem da normatividade. Quem faz parte da comunidade LGBT sabe o quanto sua luta é difícil e há quanto tempo vem se arrastando.

 

Como combater esse problema? Dando voz às vítimas da discriminação, pois somente elas são capazes de identificar o que as agride e em qual intensidade. E para serem ouvidas sabemos que a representatividade (além do respeito) é um ponto extremamente importante. Não apenas na mídia, mas também politicamente. Por isso é essencial escolher governantes que se comprometam realmente com essa causa.
A Aliança Nacional LGBTI+ é uma entidade civil, pluripartidária e sem fins lucrativos que luta pela cidadania LGBT. No seu site oficial há uma plataforma que mostra quais candidatos assinaram um termo de compromisso com a temática da comunidade. Vale a pena conferir, pois a homofobia é um problema de todos. Está em nossas mãos proporcionar uma sociedade respeitosa e começar a resolver o problema através de ações humanitárias como um voto consciente.

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