sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, empossou a professora e diplomata Karen Longaric, para o cargo de ministra das Relações Exteriores da Bolívia. Longaric disse que a Bolívia assumirá um papel “sem falso protagonismo nem posturas histriônicas”, o que descartou a adoção de medidas consideradas histéricas e exagerada. “Não é um governo que quer voltar ao passado”, afirmou.
Jeanine Áñes foi autoproclamada como presidente, após renúncia de Evo Morales. Apesar de não haver um consenso sobre a constitucionalidade da posse de Áñez, ela assumiu posto máximo do governo e monto gabinete com 11 ministros, além de nomear novos chefes para as Forças Armadas e prometer eleições em breve.
A nova presidente, disse esperar a renúncia de embaixadores que não são diplomatas de carreira, porém ocupam o cargo por indicações políticas da administração de Evo Morales. Karen Longaric afirmou que os postos serão ocupados pelos “melhores da carreira”.
“Vamos mudar todos os embaixadores que estão por designação política. Eu estimo que eles renunciem imediatamente. Aquelas pessoas que não são de carreira e entraram no Serviço de Relações Exteriores por honorários políticos, renovaremos, tentando colocar as melhores pessoas, as pessoas mais eficientes, as que podem contribuir com o país”, afirmou.
Pelo menos dois embaixadores já se manifestaram contra a declaração do novo chanceler. A embaixadora da Bolívia na Organização das Nações Unidas (ONU), Sacha Llorenti, e a ex-ministra da Saúde e embaixadora em Cuba, Ariana Campero, afirmaram que não irão renunciar.
"Fui nomeado embaixador da Bolívia nas Nações Unidas pelo presidente constitucional Evo Morales e ratificado por dois terços do Senado do meu país. Não renunciei nem renunciarei", escreveu Llorenti no twitter.
"Não vou renunciar, fui nomeada pelo Presidente Constitucional do Estado Plurinacional da Bolívia e pela Assembleia Legislativa Plurinacional eleita pelo povo. Os inconstitucionais são Jeanine Áñez e seu gabinete ilegal", disse Campero, também no twitter.
Áñez disse também que buscará reconstruir a política exterior e relações “desgastadas” da Bolívia com outros países.
"O diálogo implica que vamos fortalecer as relações com os países vizinhos e, obviamente que envolve o Chile. É importante conversar com o Chile, temos muitas questões que nos vinculam na agenda bilateral e assim será", disse.
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