quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Israel deu início a testes em humanos neste domingo para sua candidata a vacina contra a covid-19 que, se tiver sucesso, pode estar pronta para o público em geral até o final do próximo verão local. Oitenta voluntários vão participar inicialmente dos testes, que serão ampliados para 960 pessoas em dezembro. Uma terceira fase com 30 mil voluntários está marcada para abril/maio se houver sucesso nas fases anteriores.
“Estamos na reta final”, disse Shmuel Shapira, diretor geral do Instituto de Israel para Pesquisa Biológica. O instituto, supervisionado pelo Ministério da Defesa, iniciou testes em animais de sua vacina “BriLife” em março e anunciou há uma semana que recebeu aprovação regulatória para passar à próxima fase.
Reino Unidos/AstraZeneca/Oxford
A farmacêutica AstraZeneca Plc informou neste domingo (1º) que a Agência Regulatória de Produtos de Saúde e Remédios do Reino Unido iniciou uma revisão acelerada da vacina contra Covid-19 desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford. Nessa revisão, reguladores são capazes de ver dados clínicos em tempo real e dialogar com farmacêuticas sobre processos de produção e testes para acelerar o processo de aprovação. O objetivo é agilizar as avaliações de remédios ou vacinas promissores durante uma emergência de saúde pública.
Nos testes de uma vacina – normalmente divididos em fase 1, 2, e 3 – os cientistas tentam identificar efeitos adversos graves e se a imunização foi capaz de induzir uma resposta imune, ou seja, uma resposta do sistema de defesa do corpo. Antes de começar os testes em humanos, as vacinas são testadas em animais – normalmente em camundongos e, depois, em macacos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há atualmente dez vacinas na terceira e última etapa de testes em humanos.
Brasil
Há quase nove meses convivendo com o coronavírus e tendo que transformar hábitos para se manter livre da Covid-19, o brasileiro espera, com ansiedade, o desenvolvimento de uma vacina que seja eficaz e segura. O Brasil comprou doses da vacina de Oxford, na Inglaterra. Há discussões sobre a imunização chinesa e novidades sobre a fórmula russa – porém, há também iniciativas nacionais tentando encontrar respostas para o problema.
Pelo menos 11 pesquisas para candidatas à vacina contra Covid-19 estão em desenvolvimento no país. As universidade de São Paulo (USP), a Federal de Minas Gerais (UFMG), a Federal do Paraná (UFPR), o Instituto Butantan e a Fiocruz/Bio-Manguinhos são algumas das instituições que estão em busca de uma solução segura e eficaz 100% nacional. A maioria dos projetos ainda está na fase de testes em animais, uma etapa inicial em estudos de imunizações. A expectativa é que os ensaios clínicos com humanos comecem apenas a partir do segundo semestre de 2021. O pesquisador Sérgio Costa, da UFMG, conta que o projeto desenvolvido por sua equipe usa a BCG, a bactéria usada na vacina contra a tuberculose, para produzir alguns genes que são expressados pelo Sars-CoV-2, induzindo o corpo a criar imunidade a ele. A pesquisa é desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Butantan.
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