sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
No último fim de semana, o governo brasileiro enviou 20 mil centímetros quadrados de pele humana ao Peru. Os tecidos irão ajudar no tratamento de queimaduras graves em crianças e adultos, após acidente com caminhão de gás na quinta-feira (23), que deixou cerca de 50 pessoas feridas em Lima, capital do Peru.
“Os países precisam se colocar à disposição em tragédias como essa. Ajudar nosso vizinho peruano não é somente um ato de solidariedade, mas também de empatia”, afirma o Ministro da Saúde em exercício, João Gabbardo.
O Brasil atualmente possui quatro bancos de pele, localizados nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Em todos há estoque suficiente para atender as possíveis demandas brasileiras.
A pele humana é usada como um curativo biológico para pacientes que sofreram graves queimaduras. No início do tratamento, é retirada a pele queimada e transplantada a pele doada em substituição aos tecidos carbonizados e mortos. É considerada a melhor opção terapêutica nesses casos por reduzir infecções e dores, além de acelerar a recuperação e, assim, diminuir o tempo de internação do paciente.
O matéria, proveniente de doadores, costuma ser retirado do dorso das coxas, braços e costas após confirmação de morte cerebral, como ocorre em doações de órgãos.
No Brasil, em 2018, foram utilizados 83.559 cm² de pele humana.
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