quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Imagem: Gaby Oraa/reuters
Nesta quinta-feira (05), o ex-candidato à presidência da Venezuela, Edmundo González divulgou a carta que encaminhou para o Ministério Público (MP), onde justificou os motivos de não ter comparecido aos depoimentos na sede do órgão, em Caracas.
Na carta, ele afirma que falta fundamento legal nas notificações em que foi citado e ainda, que reconhece a institucionalidade dos órgãos jurídicos do país. Ele também negou que seja o responsável pelo site na internet onde foram publicadas as supostas atas da oposição que davam vitória a ele na eleição contra Nicolás Maduro.
As autoridades venezuelanas afirmam que mais de nove mil atas publicadas são falsas. Já o Tribunal Supremo de Justiça do país, após perícia, ratificou a vitória do presidente Nicolás Maduro em 28 de julho. Porém, os dados da eleição por mesa de votação ainda não foram divulgados publicamente.
O Procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, em entrevista à imprensa realizada também nesta quinta-feira, argumentou que a carta de Edmundo é contraditória. “Apresente-se perante este Ministério Público porque a carta que foi escrita lhe causou dano. Torna-se um agravante na sua situação jurídica, pois nela, como já disse, ele se declara juiz e faz justiça com as próprias mãos”, completou.
Uma vez que o ex-candidato não se apresentou para depor, um pedido de prisão foi emitido contra o ex-candidato por “risco de fuga”. O mandado de prisão contra a liderança da oposição foi criticado pelos Estados Unidos e visto com “preocupação” pelo Brasil e pela Colômbia, que alegaram que a medida dificulta uma solução pacífica para o conflito entre governo e oposição.
Com informações Agência Brasil
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