quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Fernández decreta feriado nacional na Argentina após ataque de brasileiro contra Cristina Kirchner

POR | 02/09/2022
Fernández decreta feriado nacional na Argentina após ataque de brasileiro contra Cristina Kirchner

Redação Jornal Somos

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Na noite desta quinta-feira (1º), ontem, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu uma tentativa de assassinato cometida por um brasileiro motorista de aplicativo, radicado em Buenos Aires. Diante dos fatos, o presidente argentino, Alberto Fernández, declarou feriado nacional hoje, sexta-feira (2/9). Segundo o gestor, em anúncio feito em rede nacional, o episódio foi "o mais grave desde 1983, quando o país voltou a ser uma democracia".

"Decidi declarar feriado nacional para que, em paz e harmonia, o povo argentino possa expressar-se em defesa da vida, da democracia e solidarizar-se com nossa vice-presidente", afirmou em pronunciamento.

 

O ataque aconteceu próximo das 21h desta quinta (1º), quando Cristina chegava a sua residência e saudava um grupo de militantes, assinando livros e tirando fotos.

 

Fernando André Sabag Montiel, conhecido nas redes sociais como Fernando Salim é brasileiro radicado na cidade de Buenos Aires, tem 35 anos e trabalha como motorista de Uber e tem antecedentes por porte de arma ilegal não-convencional em 2021, fato pela qual foi flagrado com um facão de 35 cm em que há época alegou ser "para a sua segurança pessoal".

 

Durante a ação de ontem, Fernando aparece de gorro preto entre os militantes. Quando Cristina chega, o brasileiro estica o braço esquerdo e aponta a pistola na altura da cabeça da ex-presidente, a poucos centímetros do rosto dela, engatilha a arma, e dispara, mas o tiro falho. Cristina Kirchner, ao ver a arma, chega a se abaixar. Os seguranças dela, então conseguem detê-lo com a ajuda dos militantes. Em seguida, o brasileiro foi preso.

 

Sobre a ação em si, o presidente Alberto afirma que "Cristina está viva porque, por alguma razão ainda não confirmada tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou apesar de ter sido engatilhada". Ele ainda atribuiu o atentado "ao discurso de ódio que tem sido espalhado a partir de espaços políticos, judiciais e midiáticos".

"Estamos diante de um fato com uma gravidade institucional e humana extrema. Atentaram contra a nossa vice-presidente e a paz social foi alterada", afirmou o presidente, acrescentando que "este atentado merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina e de todos os setores políticos".

 

Na manhã de hoje, o chefe de gabinete da Casa Rosada (a sede da presidência da Argentina), Juan Manzur, convocou uma reunião de ministros.

"Hoje mais do que nunca temos a obrigação e a responsabilidade de defender a democracia, o diálogo, o consenso e a paz social", declarou Manzur em uma rede social na noite de ontem.

 

Ainda não se sabe qual foi a motivação. Também não há informações sobre um possível depoimento ou declarações do brasileiro à polícia argentina.

 

Até o início da manhã desta sexta (2), diferentes candidatos brasileiros à Presidência da República haviam se manifestado. O presidente Jair Bolsonaro (PL) não se pronunciou até então, assim como os presidenciáveis Felipe D'Avila (Novo) e Vera Lúcia (PSTU).

 

Fontes: G1, CNN, O GLOBO

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