sábado, 26 de abril de 2025
Foto: Reprodução/IGO ESTRELA/Metropoles
O ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), por volta das 4h, em Maceió (AL), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal cumpriu a ordem após o magistrado rejeitar os últimos recursos apresentados pela defesa contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo os advogados, Collor se preparava para viajar a Brasília com a intenção de se apresentar de forma voluntária. No momento, ele está custodiado na Superintendência da Polícia Federal da capital alagoana.
A condenação, confirmada em 2023, é resultado de um desdobramento da Operação Lava Jato e envolve a BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras. Collor foi acusado de receber R$ 20 milhões com apoio dos empresários Luís Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos. O valor teria sido pago para facilitar contratos com a UTC Engenharia, em troca de apoio político para nomeações na estatal.
Com a rejeição dos embargos de declaração e dos embargos infringentes — recursos que buscavam alterar ou reduzir a pena com base em divergências entre os ministros —, Moraes entendeu que não havia mais impedimentos jurídicos para o início da pena. Apesar de a decisão ainda não ter sido apreciada pelo plenário do STF, o ministro determinou o cumprimento imediato da sentença.
O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, agendou uma sessão virtual extraordinária do plenário nesta sexta-feira (25), das 11h às 23h59, para referendar a decisão.
Outros dois envolvidos na mesma ação penal também tiveram os recursos rejeitados. Pedro Paulo Ramos cumprirá pena de 4 anos e 1 mês em regime semiaberto, enquanto Luís Amorim iniciará o cumprimento de penas restritivas de direitos.
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