sexta-feira, 24 de outubro de 2025

MUNDO

Ex-ministro da Agricultura da China é condenado à morte por corrupção

POR Ana Carla Oliveira | 29/09/2025
Ex-ministro da Agricultura da China é condenado à morte por corrupção

Foto: Reprodução Mais Goiás

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O ex-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian, foi condenado à morte por corrupção passiva, em mais um capítulo da campanha anticorrupção lançada pelo líder Xi Jinping. A pena, no entanto, foi suspensa por dois anos, devido à confissão, cooperação na recuperação de valores e manifestação de arrependimento por parte do político, segundo a mídia estatal Xinhua.

 

Renjian, que também era membro do Comitê do Partido Comunista da China, foi sentenciado ainda à privação vitalícia de seus direitos políticos, além do confisco de todos os seus bens pessoais. O ex-ministro teria utilizado cargos que ocupou entre 2007 e 2024 para favorecer terceiros em contratos, investimentos e aprovações de empresas. Em troca, recebeu mais de 268 milhões de yuans (aproximadamente R$ 201 milhões).

 

O julgamento ocorreu no Tribunal Popular Intermediário de Changchun, na província de Jilin, que enquadrou as ações como crime de suborno. O próprio Renjian declarou aceitar a sentença e não pretende recorrer. Os valores recuperados foram revertidos ao tesouro nacional.

 

Campanha anticorrupção de Xi Jinping

 

O caso integra a ofensiva anticorrupção de Xi Jinping, iniciada em 2012, que já levou à investigação e condenação de diversos oficiais de alto escalão e dirigentes de empresas estatais. A campanha busca mostrar que “tigres e moscas” – líderes e funcionários da base – podem ser responsabilizados, desmistificando a ideia de que altos cargos garantem imunidade.

 

Entre os punidos anteriormente está Zhou Yongkang, ex-chefe de segurança doméstica da China e também membro do Politburo, que em 2015 foi condenado à prisão perpétua por suborno, abuso de poder e vazamento de segredos de Estado.

 

A iniciativa de Xi reforça o discurso de que a corrupção é a maior ameaça ao Partido Comunista Chinês e que a disciplina interna é essencial para a manutenção do regime.

 

*Com informações Mais Goiás

 

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