domingo, 24 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O ex-presidente boliviano Evo Morales, renunciou ontem, domingo (10), de acordo com ele, pressionado por militares e policiais, grupo que ainda denuncia que haviam feito uma ordem de "prisão ilegal" contra ele.
Em seu Twitter, Evo escreveu: "Denuncio ao mundo e ao povo boliviano que um oficial da polícia anunciou publicamente que tem a instrução de executar uma ordem de prisão ilegal contra a minha pessoa". E ainda, anunciou que "grupos violentos" atacaram sua casa.
Evo governou a Bolívia durante quase 14 anos, mas acrescentou: "Os golpistas destroem o Estado de direito".
Segundo publicação do site Terra, Evo ficou recluso no domingo na zona Cocaleira de Chapare, seu berço político, para anunciar sua renúncia, após perder o apoio dos militares e da polícia. O ex-presidente chegou à tarde à bordo do avião presidencial ao aeroporto de Chimoré, que serve ao Chapare, acompanhado do vice-presidente Álvaro García Linera, que também renunciou ao cargo e à presidência do Congresso.
OPOSIÇÃO
Luis Fernando Camacho, que liderou o movimento pela renúncia de Evo , confirmou a ordem de prisão. "Confirmado!! Ordem de apreensão para Evo Morales!! A polícia e os militares estão procurando-o no Chapare (província do departamento de Cochambamba)".
Entretanto, o general Yuri Vladimir Calderón, comandante da Polícia Nacional, negou as denúncias do ex-presidente. "Quero esclarecer à população boliviana que não há mandado de prisão contra funcionários do Estado como Evo Morales e os ministros de seu gabinete", afirmou Calderón à emissora boliviana Unitel, quando ainda explicou que é o Ministério Público e não a polícia quem emite os mandados de prisão. Calderón disse ainda que a "ordem foi emitida para os presidentes dos tribunais eleitorais departamentais e membros departamentais dos tribunais eleitorais".
RENÚNCIA
Após a renúncia do ex-presidente, a imprensa boliviana divulgou imagens de várias cidades da Bolívia em saques, incêndios e outros distúrbios, que inclusive levaram muitos cidadãos a pedirem ajuda à polícia e às Forças Armadas.
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