quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Um estudo realizado por pesquisadores israelenses e publicado na revista científica Nature indica que a massa total dos objetos construídos pelo ser humano se tornou, pela primeira vez, no final de 2020, superior a massa total de seres vivos no planeta Terra. O quantitativo produzido ao longo da história é de 1,1 trilhão, e considera, entre outras coisas, prédios, carcaças de automóveis, lixo e produtos descartáveis. Considerando o último século, essa massa dobrou a cada 20 anos, conforme indicado pela pesquisa.
Se esta taxa de crescimento se mantiver, espera-se que a massa antropogênica alcance três trilhões de toneladas em 2040, ou seja, o triplo da biomassa terrestre. Se quisermos reverter este cenário, é hora de reavaliarmos nossos hábitos de consumo”, explica Rodrigo Berté, diretor da Escola Superior de Meio Ambiente do Centro Universitário Internacional Uninter.
A massa antropogênica (ou seja, produzida pelo ser humano) é toda aquela matéria não viva alterada diretamente pela ação humana, como objetos de metal, asfalto, concreto, tijolos, plástico, vidro, entre outros, enquanto a biomassa viva corresponde às árvores, animais, fungos e todos os micro-organismos presentes no solo. O método de medida utilizado pelos pesquisadores foi o peso seco, eliminando a presença da água.
Para Berté, estes números podem ser utilizados como argumento para a hipótese defendida por alguns estudiosos de que estamos vivendo em uma nova era geológica: a Antropoceno. “Há alguns anos cientistas já vem afirmando que no futuro, quando forem analisar as camadas de gelo e de rocha, vão achar marcas dos séculos 20 e 21. A Era do Homem será marcada pelo aparecimento de materiais que simplesmente não existiam na Terra antes, como concreto e alumínio em forma metálica pura”, informa.
(Com informações do Jornal Opção)
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