Um estudo desenvolvido no Uruguai indicou, em seus resultados preliminares, que a aplicação de reforço com a Pfizer naqueles que já tomaram duas doses CoronaVac pode aumentar em 20 vezes o nível de anticorpos contra a Covid-19. Segundo o ministro da Saúde uruguaio, Daniel Salinas, a pesquisa possui dados promissores quanto ao uso combinado de vacinas de vírus inativo com imunizantes de RNA mensageiro.

A pesquisa foi iniciada em março e irá acompanhar os voluntários durante dois anos a partir de amostras de sangue periódicas. Foram 200 participantes do Instituto Pasteur, onde 53 receberam as duas doses da CoronaVac com reforço da Pfizer, e até o momento, cada integrante do estudo já teve quatro amostras analisadas, sendo uma colhida antes da vacina, outra colhida 18 dias depois da imunização completa, uma terceira 80 dias depois da segunda dose e a última feita após a dose de reforço.

“O que encontramos é que, antes da vacinação, essas 53 pessoas não tinham anticorpos. O que encontramos 18 dias depois de terem recebido tanto as duas doses de Pfizer quanto Coronavac, essa população apresentava anticorpos circulantes contra o vírus. O que passou aos 80 dias, notamos uma queda generalizada da quantidade de anticorpos, mas que 100% continuavam tendo anticorpos. Finalmente, a quarta extração, que foi após os indivíduos com Coronavac mais uma terceira de Pfizer, o que encontramos foi aumento muito importante dos anticorpos circulantes nessa população”, explicou Sérgio Bianchi, pesquisador do Instituto Pasteur.

As amostras coletadas serão analisadas pelos pesquisadores para entenderem o comportamento da carga de anticorpos, bem como para entenderem como ela cresce. Junto à este estudo, outra pesquisa está sendo realizada pelo Ministério da Saúde do Uruguai, com mil voluntários, onde os resultados preliminares com um grupo de 48 pacientes indicam respostas e números semelhantes ao estudo inicial.

(Com informações da CNN Brasil)