quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Um estudo feito e divulgado na Espanha apontou que é seguro e eficaz combinar a 1ª dose da vacina de Oxford com a 2ª dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19. A pesquisa ainda não foi publicada em revista científica, no entanto já foi divulgada pelo governo espanhol.
A combinação foi “altamente imunogênica” nos primeiros resultados, sendo assim é altamente capaz de induzir o corpo da pessoa vacinada a produzir defesa contra o Covid-19.
De acordo com o governo da Espanha os dados de imunidade celular serão divulgados nos próximos dias, por agora só há dados de produção de anticorpos.
O intuito da pesquisa é monitorar e medir os anticorpos dos participantes ao longo de um ano.
O ensaio foi chamado de “CombivacS”, e é desenvolvido em cinco hospitais que estão vinculados a institutos de pesquisa em saúde da Espanha: o Cruces em Vizcaya, La Paz e Hospital Clínico San Carlos, em Madri, e o Vall d' Hebron y Clínic, em Barcelona. O Centro Nacional de Microbiologia, do Instituto de Saúde Carlos III, também em Madri, funciona como laboratório central.
Participaram da pesquisa 673, a pesquisa foi de fase 2. Nessa etapa, os cientistas testam a eficácia e a segurança das vacinas em média escala, normalmente é feita com centenas de voluntários.
Dos 673, 441 receberam a vacina da Pfizer. Outros 232 não receberam a segunda dose de nenhuma vacina, estes são o grupo de controle. A escolha de quem receberia ou não a segunda dose da Pfizer foi feita de forma aleatória.
Os testes começaram no dia 17 de abril, dia em que a primeira pessoa recebeu a segunda dose da Pfizer. Todos os voluntários tinham menos de 60 anos de idade. Entre os grupos a média de idade foi de 44 anos, e 56% dos voluntários eram mulheres.
Para participar do experimento, os voluntários deveriam ter tomado a dose de Oxford no mínimo 8 semanas antes de receber a dose da Pfizer.
Conforme previsto no protocolo dos testes, o comitê de monitoramento de segurança recomendou dar a segunda dose da Pfizer aos voluntários que não haviam recebido a vacina, o grupo de controle
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais foram leves, e foram relacionados a desconforto no local da injeção. Além desses, 44% dos voluntários apresentaram dores de cabeça; 41% mal-estar; 25% calafrios; 11% náusea leve e 7% tosse leve.
Os efeitos colaterais foram semelhantes aos detectados com os esquemas de vacinação com as duas doses de cada vacina. Os sintomas têm a duração de 2 a 3 dias após a imunização. Nenhum efeito colateral foi grave e nenhum vacinado precisou ser hospitalizado.
De acordo com o governo espanhol o estudo é importante, pois alguns países europeus já recomendaram esquemas de vacinação combinados em pessoas que receberam a primeira dose da vacina de Oxford.
Nesses dois países europeus – Noruega e Dinamarca – quem recebeu a vacina de Oxford irá receber a segunda dose de uma vacina de RNA mensageiro – ou da Pfizer, ou a Moderna. Essa decisão foi tomada após raríssimos casos de coágulos em pacientes imunizados com a vacina de Oxford.
Com a pesquisa espanhola, existe a possibilidade de que as pessoas que já receberam a primeira dose da vacina de Oxfor recebam a da Pfizer na segunda aplicação.
"Saber se é possível implantar esquemas de vacinação com vacinas de diferentes fabricantes permitiria o desenho de campanhas de vacinação mais flexíveis, o que agilizaria o processo", pontuou o comunicado do governo da Espanha.
No Brasil a vacinação tem sido atrasada por falta de insumos para a fabricação tanto da CoronaVac como da vacina de Oxford
A vacina da Pfizer, no entanto, não depende da importação de insumos, porém não está disponível na mesma quantidade que internacionalmente.
Com informações do G1
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.