quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A China, que por quase três anos usou bloqueios rígidos, quarentenas centralizadas, testes em massa e rastreamento rigoroso de contatos para conter a propagação da Covid-19, teve aumento nos casos de Covid, após uma saída abrupta da política de “Covid zero”, que pode levar a quase um milhão de mortes de acordo com novo estudo.
A estratégia foi abandonada no início deste mês, após vários protestos em todo o país contra as restrições que prejudicaram os negócios e a vida cotidiana.
Especialistas, no entanto, alertaram que o país está mal preparado para uma saída tão drástica, não tendo conseguido aumentar a taxa de vacinação de idosos, a capacidade de terapia intensiva em hospitais e estocar medicamentos antivirais.
Segundo projeções de três professores da Universidade de Hong Kong, nas condições atuais, uma reabertura em todo o país pode resultar em 684 mortes por milhão de pessoas.
Dada a população da China, de 1,4 bilhão de pessoas, isso representaria 964.400 mortes.
O surto de infecções “provavelmente sobrecarregaria muitos sistemas de saúde locais em todo o país”, disse o estudo, divulgado no servidor de pré-impressão do Medrxiv e que ainda não foi submetido à revisão por pares.
De acordo com o estudo, o levantamento simultâneo das restrições em todas as províncias levaria a demandas de hospitalização de 1,5 a 2,5 vezes mais da capacidade hospitalar.
O pior cenário pode ser evitado se a China lançar rapidamente doses de reforço e medicamentos antivirais.
O estudo ainda indica que o número de mortes pode ser reduzido de 26% a 35% com a cobertura vacinal de quarta dose de 85% e cobertura antiviral de 60%. O estudo é financiado em parte pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e pelo governo de Hong Kong.
As autoridades de saúde chinesas anunciaram, na segunda-feira (19/12), duas mortes por Covid na capital Pequim, que enfrenta seu pior surto desde o início da pandemia.
Essas foram as primeiras mortes oficialmente relatadas desde o alívio das restrições em 7 dezembro, embora postagens nas redes sociais chinesas tenham apontado para um aumento na demanda das funerárias e crematórios de Pequim nas últimas semanas.
No principal mecanismo de busca online da China, o Baidu, as buscas por “casas funerárias” por residentes de Pequim atingiram um recorde desde o início da pandemia.
Com informações da CNN
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