quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Copa do Mundo do Catar tem chamado atenção devido às novidades que não existiram nas outras 21 edições do torneio. Uma das principais novidades é o Estádio 974, o primeiro estádio desmontável em 92 anos de disputas do Mundial.
Com um público estimado de 300 mil pessoas, o estádio foi o palco da vitória do Brasil em cima da Coreia do Sul por 4 a 1 e continuará sua jornada esportiva em outro país ainda não definido.
A obra foi construída a partir de contêineres de navios cargueiros que foram adaptados para virarem desde banheiros, elevadores a até mesmo camarotes VIP usados pela Fifa para receber seus convidados e pessoas que compraram a categoria especial de hospitalidade.
O Catar possui longa tradição marítima e os contêineres passaram a ser muito utilizados para a importação de produtos assim que o país enriqueceu com o início do comércio de petróleo, a partir dos anos 1940, e gás natural, a partir dos anos 1970.
Destino
Ao fim da Copa será iniciada a desmontagem das milhares de toneladas de ferro soldado e conectado minuciosamente para cria o formato de estádio estádio.
A estimativa, segundo o Comitê Organizador Local de Entrega e Legado é de que o processo aconteça dentro do prazo de seis meses e, a partir daí, haja a doação de todo o material para que seja utilizado como espaço esportivo em um país ou mais.
Até o momento, não se sabe o destino final do Estádio 974. Alguns países africanos, como a Nigéria, e o Uruguai demonstraram interesse em contar com a arena completa.
O Catar não possui liga de futebol capaz de encher os oito estádios da Copa de forma permanente, mesmo com quatro competições nacionais de futebol. Por isso, decidiu que as arenas não terão a capacidade e configurações mantidas após o Mundial.
Todos os outros sete estádios sofrerão redução de capacidade que terá uma diminuição para 40 mil assentos e será utilizado como casa pela seleção masculina de futebol. O Cidade da Educação cairá de 40 mil para 20 mil lugares e será utilizado pela seleção feminina.
Já o Al-Janoub e o Ahmad bin Ali serão destinados a clubes locais, como o Al-Rayyan. Em alguns casos, como o Lusail, a parte interna do estádio será desmontada para dar lugar a um centro multiuso de comércio e entretenimento. O Al-Bayt perderá 25 mil dos 60 mil assentos para dar espaço a um hotel e shopping de luxo.
Todos os materiais serão doados a países em desenvolvimento para que possam criar estruturas mais modernas para o crescimento e prática do esporte de alto rendimento.
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