quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Agência Brasil/Arquivo
Nesta segunda-feira (16), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) afirmou durante entrevista a jornalistas em Davos, na Suíça, que irá reforçar o compromisso com a retomada de crescimento econômico e com a sustentabilidade fiscal e ambiental;
Haddad está junto à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), representando o Brasil no Fórum Econômico Mundial, que acontece ao longo da semana e debate as principais questões da economia global.
“São três recados que vamos passar. Primeiro, o recado político e o compromisso do Brasil em dar suporte à jornada democrática do mundo, sobretudo na América do Sul, e ao combate a todo tipo de extremismo que vem dando a tônica no último período. Segundo, a questão econômica, com retomada de crescimento, sustentabilidade fiscal e ambiental e justiça social, o modelo de economia que estamos defendendo”, declarou ele.
“E, terceiro, a questão ambiental. Estou com a Marina aqui na Suíça porque a sustentabilidade ambiental ganhou uma dimensão na qual o Brasil tem muito a oferecer, não só de retomada de compromissos históricos de combate ao desmatamento e reforço de energia renovável, mas também na pauta do desenvolvimento. Podemos pensar na reindustrialização do Brasil com base na sustentabilidade.”
O novo ministro também comentou a jornalistas sobre os ataques antidemocráticos aos Três Poderes, que ocorreram no domingo (08). Para Haddad, a resposta da instituições brasileiras após o ocorrido foi “uma manifestação clara de que o Brasil tem compromisso com o resultado eleitoral, as regras democráticas e as liberdades individuais, respeitadas as garantias constitucionais”.
“O fato de já no dia seguinte ter tido uma intervenção federal na segurança pública no Distrito Federal, o afastamento judicial do governador do Distrito Federal e a visita dos 27 governadores à Brasília, que se reuniram com os Três Poderes da República em um gesto de compromisso com a Constituição e a agenda democrática, não é uma coisa trivial. É uma demonstração de muita maturidade institucional, dada logo na inauguração do mandato do presidente Lula.”
O ex-prefeito de São Paulo ainda disse que acredita que a resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos ataques terroristas “fortalece a relação com o Congresso”, que será reforçada, também, a partir da agenda internacional do mandatário.
O ministro chegou a Davos um dia depois de Marina Silva, que embarcou no sábado (14). Ambos têm uma agenda intensa durante o Fórum Econômico Mundial, evento que reúne chefes de Estado, ministros e a comunidade de negócios nos países mais ricos do mundo. Eles participam de dois painéis principais e têm mais de 50 convites de encontros bilaterais com lideranças políticas e financeiras. Um encontro com a mídia internacional está marcado para a próxima quarta-feira (18).
Neste ano, Lula foi convidado para ocupar o palco principal do evento, mas declinou. Conforme já adiantado pelo Itamaraty, a primeira viagem internacional do mandatário será para a Argentina, onde pretende lançar sua própria mensagem simbólica de valorização da integração latino-americana.
Com informações da CNN e Agência Brasil
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