quinta-feira, 21 de novembro de 2024

MUNDO

Em 2019 mais de 800 pessoas morreram ao tentar migrar para outros países

POR Jornal Somos | 29/01/2020
Em 2019 mais de 800 pessoas morreram ao tentar migrar para outros países

Redação Jornal Somos

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De acordo com o Centro de Análise de Dados da Organização Internacional das Migrações (OIM), de Berlim, no ano passado, pelo menos 810 pessoas morreram ao “atravessar desertos, rios e regiões remotas” das rotas migratórias do continente americano. A pesquisa é com base em números do Projeto de Migrantes Desaparecidos (MPP, na sigla em inglês).

 

Essas informações reuniram dados governamentais, de organizações não governamentais (ONG) e relatos de órgãos de comunicação social e indicam que esse é o número mais elevado de mortes desde que a OIM começou a manter registros, em 2014.

 

Também foi revelado que morreram mais 3.800 pessoas em seis anos no continente americano.

 

"Esses números são uma lembrança triste de que a falta de opções para uma mobilidade segura e legal empurra as pessoas para trilhos invisíveis e arriscados, colocando-as em maior perigo", afirmou o diretor do Centro de Análise de Dados da OIM, Frank Laczko.

 

Para ele, "a perda de vidas nunca pode ser normalizada ou tolerada como um risco assumido devido à migração ilegal".

 

O local onde mais migrantes perderam a vida no continente foi a região da fronteira entre os Estados Unidos e o México.

 

O MMP registrou um aumento anual no número de mortes nessa fronteira desde 2014, com um total de 2.403 mortes (do total de 3.800) em seis anos, das quais 497 ocorreram em 2019.

 

A maior parte das mortes foi nas águas do Rio Bravo/Rio Grande (designações mexicana e norte-americana, respectivamente), entre o estado norte-americano do Texas e os estados mexicanos de Tamaulipas, Novo Leão e Coahuila, onde 109 pessoas perderam a vida em 2019, um aumento de 26% em relação ao ano anterior, revela a OIM.

 

Segundo os dados apresentados, "muitas pessoas também tentam atravessar os territórios remotos dos desertos" do Arizona, nos Estados Unidos. Ao menos 171 pessoas morreram no último ano nessa parte da fronteira entre os dois países, este número representa mais 29% do que as 133 mortes notificadas em 2018.

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