terça-feira, 08 de julho de 2025

Doença silenciosa e agressiva: câncer de pâncreas ganha atenção após diagnóstico de Edu Guedes

POR Marcos Paulo dos Santos | 07/07/2025
Doença silenciosa e agressiva: câncer de pâncreas ganha atenção após diagnóstico de Edu Guedes
O

O anúncio do apresentador Edu Guedes, de 51 anos, sobre seu diagnóstico de câncer de pâncreas, reacendeu o alerta para os perigos dessa doença silenciosa e considerada uma das mais letais entre os tumores sólidos.

 

O câncer de pâncreas, em sua forma mais comum (adenocarcinoma), representa mais de 90% dos casos e costuma ser descoberto tardiamente, quando já avançou para outros órgãos. Isso reduz significativamente as chances de cura, que giram em torno de apenas 15% a 20% mesmo nos estágios iniciais, segundo o oncologista Thiago Jorge, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Já o tumor neuroendócrino, mais raro, apresenta melhor prognóstico.

 

Sintomas difíceis de identificar

 

Os sintomas do câncer de pâncreas costumam ser vagos e facilmente confundidos com outras doenças, o que atrasa o diagnóstico. Os sinais mais comuns incluem:

 

  • Emagrecimento repentino
  • Icterícia (pele e olhos amarelados)
  • Fezes com gordura
  • Fraqueza e perda de apetite
  • Dor abdominal em faixa, que irradia para as costas

 

Diagnóstico e tratamento

 

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem (tomografia, ressonância magnética e PET-CT) e confirmado por biópsia. Um exame de sangue chamado CA 19-9 pode auxiliar, mas não é conclusivo.

 

O tratamento varia conforme o estágio da doença. Nos casos iniciais, a cirurgia para retirada do tumor pode ser realizada, seguida de quimioterapia. Quando o tumor já compromete vasos ou órgãos próximos, a cirurgia pode não ser viável, sendo indicada apenas a quimioterapia, com ou sem radioterapia.

 

Edu Guedes passou por uma cirurgia no Hospital Albert Einstein no último sábado (5) para retirada de nódulos identificados em exames. O material será analisado para definir os próximos passos do tratamento.

 

É possível viver sem pâncreas?

 

Sim. Em situações extremas, pode-se retirar todo o pâncreas — procedimento conhecido como pancreatectomia total. Nesses casos, o paciente precisa usar medicamentos para controlar a glicose e auxiliar na digestão. “Já tive pacientes que passaram por essa cirurgia e hoje vivem bem, com acompanhamento”, afirma o cirurgião Marcelo Surjan.

 

Fatores de risco

 

Alguns hábitos e condições aumentam a probabilidade de desenvolver câncer de pâncreas, entre eles:

 

  • Tabagismo
  • Alcoolismo
  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Histórico familiar de câncer (pâncreas, mama ou próstata)
  • Pancreatite crônica

 

O caso de Edu Guedes reforça a importância de atenção aos sinais do corpo e à realização de exames periódicos para diagnóstico precoce.

Jornal Somos

Jornal Somos

Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.

COMPARTILHE: