quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Este final de semana os olhos do mundo se voltaram para o Reino Unido, na Baía de Carbis, na Cornualha, sudoeste do país. O local foi escolhido para a 1ª reunião presencial dos líderes do G7, grupo de países que reúne sete das maiores economias do planeta. O G7 é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Neste domingo, oficializaram os compromissos firmados e entre eles a promessa de doar um total de 2 bilhões de doses de vacina contra a covid-19 para países pobres e em desenvolvimento, sendo 1 bilhão distribuídas até o final de 2022.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson, anfitrião do encontro, fez uma postagem nas redes sociais falando sobre este compromisso descrito no documento final.
"Tenho o prazer de anunciar que os líderes do G7 prometeram mais de 1 bilhão de doses para os países mais pobres do mundo - outro grande passo para vacinar o mundo", escreveu.
Após o anúncio da Cúpula, um comunicado foi emitido pela Covax Facility, o consórcio criado pela OMS para garantir uma transferência de vacinas pelo mundo, e este documento indicou que grande parte das doações será canalizada por meio do mecanismo internacional de distribuição. Entretanto o Brasil pode ficar de fora dos beneficiados. Segundo fontes declararam ao UOL, o plano prevê que as doses sejam distribuídas a dois grupos de países mais pobres, com cerca de 92 deles fazendo parte dessa lista. O Brasil não está nesses grupos e, nas Américas, apenas Haiti, El Salvador, Bolívia, Honduras e Nicaragua fazem parte dos locais que poderão ser beneficiados com prioridade. Outro indício que confirma isto, foram as palavras ditas pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que ao anunciar na semana passada a doação de 500 milhões de doses, já deixou claro que países como o Brasil não estavam na lista de destinos prioritários. A percepção é de que o governo brasileiro tem como pagar por vacinas e que, portanto, uma doação neste momento significaria que outros países em situação mais dramática fiquem sem qualquer tipo de abastecimento.
Além das vacinas, os líderes do G7 junto com autoridades da União Europeia e de outros países convidados, fizeram compromissos para educação e meio ambiente global. Teriam concordado em trabalhar juntos para tentar colocar mais de 40 milhões de meninas em escolas em todo o mundo. Para isso, os países devem se unir para financiar uma iniciativa chamada Parceria Global para a Educação. A ação tem como principal objetivo diminuir a pobreza e ajudar na recuperação da crise do coronavírus.
Outro assunto tratado com destaque por eles foi a emissão de carbono. Tema central do encontro, ao lado da pandemia, a questão ambiental também foi abordada no documento final do G7. Pelo texto, os países falam em apoiar uma "revolução verde que crie empregos, reduza as emissões com vistas a limitar o aumento das temperaturas globais em 1,5 graus [Celsius]". Entre os compromissos, está o de zerar as emissões até 2050, reduzindo pela metade as emissões coletivas até 2030. O documento menciona a necessidade de melhorar o financiamento do clima até 2025 para conservar e proteger pelos menos 30% das terras e oceanos até o final da década.
(Com informações do UOL, EBC e CNN)
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