quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Criptomoeda do Facebook deixou o mundo da economia preocupado

POR Jornal Somos | 22/06/2019
Criptomoeda do Facebook deixou o mundo da economia preocupado

Redação Jornal Somos

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Uma criptomoeda é um meio de troca descentralizado que se utiliza da tecnologia de blockchain (dados armazenados de forma distribuída) e da criptografia (forma de bloqueio que combina chaves e senhas) para assegurar a validade das transações e a criação de novas unidades da moeda.

 

Anunciada na terça-feira, 18, a libra, moeda digital do Facebook, foi recebida de forma mista. Enquanto economistas veem na moeda grande potencial para aumentar a acessibilidade global a serviços financeiros, reguladores e políticos nos EUA e na Europa demonstraram preocupação com sua regulação.

 

A França está criando uma força-tarefa do G7 para estudar como bancos centrais vão garantir que criptomoedas como a libra, do Facebook, serão regidas por leis que vão desde a lavagem de dinheiro até regras de proteção ao consumidor, disse o presidente do Banco Central da França nesta sexta-feira.

 

François Villeroy de Galhau disse que a força-tarefa terá comando de Benoit Coeure, do conselho do Banco Central Europeu. A França, que detém a presidência rotativa do G7, disse que não se opõe ao fato de o Facebook criar um instrumento para transações financeiras. Mas se opõe veementemente a que o instrumento se torne uma moeda soberana.

 

"Queremos combinar estar abertos à inovação com firmeza na regulamentação. Isso é do interesse de todos", disse Villeroy a autoridades do setor financeiro. O conceito de criptomoeda "estável" ainda precisa ser definido, disse Villeroy. Em particular, contra o que tais instrumentos sejam estáveis e como suas taxas de câmbio precisam ser determinadas.

 

O anúncio da criptomoeda não animou os investidores do Facebook. Ontem, as ações da empresa caíram 0,3%. Analistas , porém, viram o lançamento com bons olhos. “A libra poderia ser para as moedas digitais o que a AOL foi para a internet”, disse Joel Kulina, da Wedbush Securities, em nota a investidores. O comentário se refere ao provedor de internet que, nos anos 1990, popularizou a rede nos EUA.

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