terça-feira, 01 de outubro de 2024

Crimes de guerra: 1º julgado do conflito Rússia x Ucrânia, soldado russo é condenado à prisão perpétua

POR | 23/05/2022
Crimes de guerra: 1º julgado do conflito Rússia x Ucrânia, soldado russo é condenado à prisão perpétua

Imagem: Reprodução Rede Social/Twitter

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Nesta segunda-feira (23/5), o sargento russo de apenas 21 anos, Vadim Shishimarin, foi condenado à prisão perpétua em um tribunal na Ucrânia. O motivo foi o mesmo ter atirado contra um civil ucraniano, senhor Oleksandr Shelipov (62), em um vilarejo (Chupakhivka) próximo a Kiev, no dia 28 de fevereiro.

 

 

O caso é o primeiro crime de guerra a ser julgado no país, cometido desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro. Assim, Shishimarin é oficialmente o primeiro criminoso de guerra da investida da Rússia à Ucrânia. Ele respondia por crime de guerra e homicídio premeditado

 

 

Durante o julgamento iniciado na semana passada, ele admitiu ter atirado em Shelipov, mas alegou que atuou por ordens do comandante de sua equipe. Segundo seu advogado de defesa, ele só teria atirado depois de se recusar duas vezes a cumprir a ordem de atirar e que só um em cada três a quatro disparos teriam atingido o alvo. O réu ainda afirmou que disparou por mede de sua própria segurança.

 

 

O julgamento ainda teve um momento dramático quando a viúva da vítima confrontou o réu, questionando: “Diga-me, por favor, por que vocês vieram aqui? Para nos proteger?” e completou: “Proteger-nos de quem? Você me protegeu de meu marido, a quem você matou?”

 

 

Sem dar um resposta direta, apenas pediu desculpas, afirmando: “Mas eu entendo que você não será capaz de me perdoar”.

 

 

O caso é o primeiro de ao menos 10.000 suspeitas de crimes de guerra que a Ucrânia disse ter identificado desde o início dos ataques da Rússia ao país.

 

 

Após receber a informação, Moscou disse que estava preocupada com o destino do soldado e que estudaria opções para defendê-lo. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou, no entanto, que a Rússia “não tem capacidade de proteger seus interesses pessoalmente”. A embaixada da Rússia em Kiev está fechada desde o começo do conflito militar.

 

 

 

(Com informações do G1, Metrópole e Veja)

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