quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), em Sharm el-Sheikh, no Egito, segue pelo segundo dia. Mais de 30 mil delegados de cerca de 200 países devem estar presentes.
A reunião acontece até o dia 18 de novembro, no Centro Internacional de Convenções da cidade. O objetivo da reunião é discutir detalhes sobre como desacelerar as mudanças climáticas e ajudar países que já sentem seus impactos.
Cerca de 120 líderes dos países discursam nesta segunda-feira (07/11). Os países com diferentes condições socioeconômicas procuram um ponto em comum, que é o financiamento climático.
Na próxima semana, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, participa da COP27 representando o presidente Jair Bolsonaro (PL). Leite afirmou em outubro que o Brasil deve levar solução para crise energética ao encontro global.
“Temos a possibilidade de mostrar um Brasil real, mais sustentável, especialmente em relação às energias. Essa conferência vai olhar muito para a energia, que é um desafio global com a crise energética que está ocorrendo. Nossa energia está sendo olhada pelos outros países como uma oportunidade de investimento. O que temos desenhado como estratégia é levar o Brasil das energias verdes e as oportunidades de consumo dessa energia”, disse o ministro durante reunião com empresários.
Na segunda semana do encontro, de acordo com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participará da cúpula. Também estarão presentes na próxima semana os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, destacou no domingo (06), a importância da discussão sobre o tema ter sido oficializada na pauta da cúpula.
Será discutida, além do financiamento climático, a necessidade do financiamento de US$ 100 bilhões por países desenvolvidos para países em desenvolvimento
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu hoje a implementação de sistemas universais de prevenção de danos ambientais no prazo de até cinco anos.
Guterres afirmou em vídeo reproduzido na COP27, que pessoas e comunidades de todos os lugares devem ser protegidas dos riscos imediatos e crescentes da emergência climática.
“Devemos responder ao sinal de socorro do planeta com ação – ação climática ambiciosa e confiável”, disse. A mensagem de Guterres foi divulgada no lançamento do novo relatório provisório da Agência Meteorológica Mundial da ONU sobre o estado do clima global.
O secretário-geral da ONU iniciou seu discurso fazendo apelo para que Estados Unidos e China se unam para liderar um acordo climático entre economias desenvolvidas e emergentes.
Guterres disse que é dever dos rivais geopolíticos combater às mudanças climáticas para formar o que ele descreveu como um pacto climático solidário.
“As duas maiores economias têm uma responsabilidade particular para transformar o pacto em realidade. Essa é a nossa única esperança para alcançar as metas climáticas. A humanidade tem uma escolha: cooperar ou perecer”, afirmou.
Os líderes dos dois países não estavam presentes no encontro.
EUA e China são os países que mais poluem no mundo.
O relatório provisório sobre o estado do clima global de 2022, da Organização Meteorológica Mundial (OMM), aponta que o período entre 2015 e 2022 caminha para ser o intervalo de oito anos mais quente já registrado na história, frente a concentrações cada vez maiores de gases de efeito estufa e calor acumulado.
O documento da entidade ligada à ONU, que foi divulgado no domingo, indica que as concentrações dos principais gases de efeito estufa – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso – atingiram mais uma vez níveis recordes em 2021, sendo o aumento anual da concentração de metano o maior registrado. Dados das primeiras estações indicam que continuam a aumentar em 2022.
O relatório ainda indica que as ondas de calor extremas, secas e inundações devastadoras afetaram milhões e custaram bilhões em 2022.
(Com informações da CNN)
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