quinta-feira, 21 de novembro de 2024

MUNDO

Conheça o Catar, país que sedia a Copa do Mundo de 2022

POR Thaynara Morais | 10/11/2022
Conheça o Catar, país que sedia a Copa do Mundo de 2022

Redação Jornal Somos

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No passado um dos países mais pobres do Golfo Pérsico, o Catar é atualmente um dos emirados mais ricos da região devido às suas reservas de petróleo e gás. As reservas estão entre as maiores do mundo, atrás apenas da Rússia e do Irã.

 

O dinheiro do petróleo financia um Estado social abrangente, com inúmeros serviços gratuito ou fortemente subsidiados, porém há inúmeras denúncias sobre o emprego de mão-de-obra estrangeiras em condições análogas à escravidão. Até o ano de 2016, vigorava no emirado um sistema conhecido como kafala, este impedia trabalhadores de mudar de emprego ou até sair do país sem permissão do empregador, segundo a Anistia Internacional;

 

O jornal britânico Guardian fez análise que apontou que mais de 6,5 mil trabalhadores estrangeiros haviam morrido durante a construção de novos hotéis, estádios e infraestrutura relacionados à Copa do Mundo, até dezembro de 2020 – em 10 anos desde que o país ganhou direito de sediar a Copa.

 

O Catar, no plano internacional, sedia bases militares americanas e desempenha papel importante na geopolítica da região, o que também significa atrair rivalidades. A Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrain e Egito cortaram relações com o Catar em 2017, acusando Doha de apoiar o terrorismo por causa das boas relações que mantém com o Irã, e seu apoio à facção palestina do Hamas em Gaza e aos grupos islâmicos no Egito e na Síria. O bloqueio foi encerrado apenas no início de 2021, porém ainda há tensões.

 

O Catar é governado pelo emir Hamad al-Thani, que substituiu o pai em transferência de poder pacífica em junho de 2013.

 

Como seu pai, Hamad al-Thani foi educado na Inglaterra: frequentou a escola Sherborne em Dorset e Sandhurst, a academia militar britânica.

 

O emir tem como prioridades de governo a diversificação da econômica e o investimento em infraestrutura nacional, mas na prática sua administração tem sido marcada por tensões regionais e o bloqueio de quatro anos liderado pela Arábia Saudita.

 

Mídia

 

A influente emissora de televisão pan-árabe Al-Jazeera, que é controlada pelo governo, ascendeu a presença do Catar na mídia internacional. No entanto, no plano interno a Al-Jazeera assim como o resto da mídia nacional, evita fazer crítica ao Estado e ao governo.

 

No Catar, o nível de utilização da internet é muito elevado, apesar de as autoridades censurarem conteúdos pornográficos ou considerados ofensivos ao islã.

 

Brasil e Catar

 

As relações diplomáticas entre Brasil e Catar foram estabelecidas em 1974, três anos após a independência do Catar.

 

Em 1997 o país abriu a embaixada em Brasília em 1997, porém chegou a fechá-la dois anos após a falta de reciprocidade brasileira. Essa repartição só foi reaberta em 2007, após visita do então ministro das Relações Exteriores Celso Amorim a Doha e a criação da embaixada brasileira naquela capital em 2005.

 

Em janeiro de 2010, o emir Hamad al-Thani fez visita de trabalho ao Brasil e, em maio do mesmo ano, recebeu o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Doha.  O país recebeu também a visita de Dilma Roussef (novembro de 2014), Michel Temer (em 2011 como vice-presidente) e Jair Bolsonaro (outubro de 2019).

 

O comércio bilateral superou, em 2022, US$ 1 bilhão, valor que até setembro deste ano já montava mais de US$ 1,1 bilhão. A balança é fortemente deficitária para o Brasil, que em 2021 importou especialmente adubos e fertilizantes químicos. Por outro lado os principais produtos vendidos ao Catar foram carne de aves, motores e máquinas não elétricos, tubos e perfis ocos, de ferro ou aço, carne bovina e alumina (óxido de alumínio).

 

De acordo com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o emirado mantém vários investimentos no Brasil, principalmente nas áreas bancária, imobiliária e de energia. A Companhia de Energia do Catar, junto a um consórcio global, arrematou parte do campo de pré-sal de Sépia, localizado na Bacia de Santos, detendo agora 21% do campo de petróleo.

 

 

(Com informações do G1)

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