quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta terça-feira (20/04), as ruas de Mineápolis, Washigton DC e Nova York voltaram a ficar cheias. Após quase um ano das primeiras manifestações pelo afro-americano George Floyd (48), o motivo desta vez foi o inverso. Em julgamento televisionado, o policial Derek Chauvin (45) foi considerado pelos 12 jurados como culpado pela morte de George Floyd, morto em maio de 2020 na cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos.
O julgamento durou três semanas, ouviu 45 testemunhas e incluiu horas de exibição de vídeos no tribunal. O júri. composto por sete mulheres e cinco homens (e seis pessoas brancas, quatro negras e duas multirraciais) levou dez horas para chegar a uma decisão final. O ex-policial ouviu o veredito calado.
Foto: Reuter/BBC
No Brasil não existem as mesmas deliberações exatas para os três crimes da Justiça americana pelos quais Chauvin foi condenado, mas em uma tradução aproximada seriam: homicídio doloso de segundo grau (a mais grave de todas, com pena de até 40 anos de prisão, demonstrando uma relação de causa e efeito entre conduta do acusado e morte); homicídio doloso de terceiro grau (demonstração de negligência com a vida humana, com pena máxima de 25 anos); e homícidio culposo de segundo grau (quando alguém submete outro a um "risco irracional", colocando-o em risco de morte ou ferimentos graves, passível a pena de até 10 anos de prisão). – segundo explicou especialista em reportagem especial da BBC Brasil. Chauvin pode pegar mais de 40 anos de prisão, mas a pena só deve ser divulgada nas próximas semanas.
O tribunal foi cercado por arames e barreiras, e também recebeu reforço na Guarda Nacional. Havia dezenas de manifestantes em volta do prédio. Todos aguardavam o final do processo. Até mesmo pelas imagens da televisão, pode-se ouvir os gritos de comemoração quando a decisão foi lida pelo juiz.
O caso tomou proporções nacionais e internacionais quando os vídeos e fotos circularam mostrando o Floyd que era negro sendo sufocado pelo policial com seu joelho, por mais de nove minutos. A morte decorrente do ato gerou protestos contra o racismo e a brutalidade policial em todo o mundo. As palavras “I can’t breathe” (Eu não consigo respirar) ditas por Floyd durante o crime se transformaram em um slogan do movimento Black Lives Matter nos Estados Unidos, e ganhou o mundo.
No mesmo dia em que o julgamento foi encerrado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que conversou com a família de Floyd no dia anterior por telefone. Sem se posicionar precisamente, Biden disse que estava "rezando" para que "o veredito fosse o veredito certo".
Foto: Reuters/Octavio Jones/rFi
REUTERS - OCTAVIO JONES
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