quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: CAHNRS COMMUNICATIONS
A compostagem humana trata-se de um funeral atípico, mais sustentável, que também é conhecida como redução orgânica natural, a prática consiste na transformação dos restos humanos em solo rico em nutrientes, por meio de uma aceleração natural.
A prática é uma realidade a cerca quatros Washington nos EUA, lá foi o primeiro Estado a legalizar esse tipo de ação. Na sequência Colorado e Oregon, em 2021, e Vermont e Califórnia, no ano passado. No início deste ano, o Estado de Nova York entrou nesta lista dos adeptos.
A compostagem acontece da seguinte forma, o corpo é colocado em uma caixa de aço inoxidável por cerca de um mês, tempo que dura o processo, com materiais biodegradáveis dentro, como folhas, pedaços de madeira, palha e alfafa. A entrada de ar é facilitada, e o corpo é submetido a temperaturas acima de 50º C, permitindo umidade e oxigenação ideais para que os micróbios e bactérias façam mais rapidamente o trabalho de decomposição. Após um mês o processo resulta na formação de matéria orgânica rica em nutrientes.
Os restos de ossos são triturados junto da matéria orgânica que na sequência fica secando por algumas semanas, antes de ser entregue à família. Assim, pode ser usado para o plantio de árvores e adubo de jardins e parques, por exemplo.
“Cientificamente, a prática se traduz assim: é um método que se aproveita dos processos químicos e biológicos naturais que acontecem no nosso corpo após a morte para gerar algo novo, algo que pode ser aproveitado”, diz Ivan Miziara, chefe do Departamento de Medicina Legal, Bioética, Medicina do Trabalho, Medicina Física e Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
A compostagem humana é um avanço para o meio ambiente no quesito destinação do corpo humano, já que as outras práticas são agressivas ao meio ambiente.
A cremação contribui para a emissão de gases de efeito estufa e o enterro tradicional ameaça contaminar águas subterrâneas em regiões onde os lençóis freáticos não são muito profundos.
Com informações do Estadão
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