terça-feira, 01 de outubro de 2024

Coluna Marcos Paulo: NOVA ZELÂNDIA PRETENDE TAXAR ARROTO DE OVELHA E GADO PARA REDUZIR POLUENTES

POR Marcos Paulo dos Santos | 31/08/2023
Coluna Marcos Paulo: NOVA ZELÂNDIA PRETENDE TAXAR ARROTO DE OVELHA E GADO PARA REDUZIR POLUENTES

Foto: Jari Hytönen / Unsplash

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A partir de 2025, o governo da Nova Zelândia vai começar a cobrar do produtor rural por cada cabeça de bovino, ovino e caprino, uma taxa por emissão de gases. O país será o primeiro do mundo a cobrar por um imposto do tipo.

 

 

Segundo o ministro da agricultura do país, Damien O'connor, a principal justificativa é atingir as metas climáticas do país e com a exigência do governo ou não, o setor agrícola terá de se adaptar nos próximos anos e reduzir as emissões de poluentes. O assunto é uma realidade no meio empresarial no Século XXI.

 

 

O assunto entorno disso já está sendo observado pelos olhos dos governos de todo o mundo. Qual será os efeitos que essa taxa de emissão pode causar na produção leiteira, um setor bem mais forte que o Brasil? Será que pode haver um desestimulo aos pecuaristas que podem migrar para outras áreas da agricultura? Isso poderia gerar um problema econômico?

 

 

Aqui no Brasil, especialistas tem se debruçado sobre o assunto e opinam que a medida mostra certa ignorância da parte política, usando como desculpa, a exigência do consumidor por uma indústria sustentável e cada vez mais consciente com o meio ambiente. Outros, como o Eduardo Lunardelli, ex-secretário do Meio Ambiente, em entrevista a Kellen Severo, aponta que a medida, caso pegue por lá, pode ser uma oportunidade para o Brasil e concorrentes crescerem no mercado de leite e carne no âmbito mundial.

 

 

É muito difícil nesta altura do campeonato que o Brasil apoie taxar emissão de gases de animais de produção. Somente no Mato Grosso, estado maior em área que a Nova Zelândia, há 32 milhões de cabeças de gado (e 3,6 milhões de habitantes, só por comparação) e caso o governo Lula crie um imposto semelhante, seria o mais decepcionante período administrativo para o setor do agro e uma briga enorme que o executivo teria de lidar.

 

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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