Produtores rurais argentinos estão felizes com a vitória de Javier Milei para presidente da Argentina. Considerado ultraliberal e de direita, o próximo mandatário tem agora uma difícil missão de governar um país que, neste momento, está com a taxa anual de inflação a 142,7% e que parece aumentar a cada dia mais. Mas o que parece ser uma notícia ruim, pelo menos para a esquerda que esperava a eleição do candidato governista Sergio Massa, um setor que está esperançoso com suas mudanças é o agronegócio argentino.

Entusiasta de bitcoin, Milei recebeu apoio da Sociedade Rural Argentina (SRA) e da Confederação Rural Argentina (CRA), que pede por novas políticas que sufoquem menos o setor e que traga competitividade internacional para produtores de cevada, uva, alcachofra, tabaco e algodão, além da soja no país vizinho. Mas quais destas propostas que Milei defende que agradam o setor?

Dentre os planos para o agronegócio, o próximo presidente argentino pretende:

• Abolir todas as retenções, sem exceção;
• Eliminar o imposto de renda bruto;
• Acabar com as restrições ao comércio internacional, incluindo cotas, tarifas, permissões e autorizações;
• Implementação de uma nova legislação de sementes;
• Lançamento de um plano de infraestrutura liderado pelo setor privado para o desenvolvimento de rodovias nacionais, estaduais e rurais.

Estas propostas visam trazer mais liberdade econômica aos produtores rurais em um país que desde 2002, adota uma severa política de impostos de exportação. Durante a corrida presidencial, Milei não perdeu a oportunidade de criticar o Mercosul e pelo perfil, deve deixar o bloco em segundo plano. O setor deposita toda a confiança no ultraliberal para fazer da Argentina um país grande novamente, inclusive para o agronegócio.

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