quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Freepik
Atualmente, o agronegócio é o setor em que muita gente tem colocado a culpa pela crise climática que o Brasil e o mundo têm vivido nos últimos meses. Uma ala de intelectuais de viés progressista tem usado das suas posições para jogar toda a responsabilidade do descontrole do clima neste setor. Será mesmo que apenas o agro tem culpa no cartório relacionado a este tema?
Se formos analisar o ponto em que chegamos, despidos de todo viés ideológico e se apoiando em fatos registrados nos últimos 150 anos, desde a era pré-industrial até a data da publicação desta coluna, fica claro que não só o capitalismo, mas todos nós falhamos em observar como a Terra tem respondido à ação humana no meio ambiente.
Então quando vamos agir diante da situação atual? Como fazer milhões de cabeças de gado emitirem menos gases metano na atmosfera? O que podemos fazer para alimentar um mundo que depende cada vez mais da produção agrícola nacional para ser abastecido, mas sem a possibilidade de obter mais área por hectare para o plantio de lavouras ou criação de animais de criação? A mesma pergunta fica para indústrias automotiva e relacionados, como a dos combustíveis fosseis, que causam danos climáticos severos. Os 10% mais ricos do planeta, países ricos e por fim, nós mesmos, que não escapam da pergunta do início deste parágrafo: quando vamos agir?
Eu deixo essa pergunta porque muitos acordos foram feitos entre países, décadas atrás para conter a escalada da temperatura global e nada adiantou. Então, é hora de alguma ação ser feita em conjunto e a sociedade acordar para o tempo ruim que se aproxima, não importa se será com sol ou chuva.
Registros feitos por engenheiros agrônomos mostram que a cultivar da soja já chegou ao seu limite de suportar o forte calor causado pelo El Niño, impulsionado pela situação climática. Animais de criação também tem sofrido o estresse produzindo ovos menores, por exemplo, podendo sofrer mais com eventos extremos que tendem a piorar em 2024.
Então, pela última vez, eu pergunto, quando vamos parar de olhar para o tempo, como diz a minha mãe e agirmos?
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