Voltando ao tema da guerra no Oriente Médio, é importante entender melhor as origens e a consolidação de ambas as culturas para compreender melhor o conflito. Quase todos já sabem da origem e da história dos judeus, pelo menos até a época de Cristo, mas após a expulsão da maioria dos judeus da terra de Israel, por volta do ano 70, eles se espalharam pela Europa, pelo Norte da África e pelo Oriente Médio.

Ao longo dos séculos, eles estabeleceram grandes comunidades judaicas em terras próximas e distantes, onde experimentaram longos períodos de crescimento e prosperidade, mas também foram, por vezes, alvo de discriminação, ataques brutais e expulsões totais ou parciais.

Cada onda de perseguição e violência fortalecia sua crença no conceito de "reunião dos exilados" e inspirava indivíduos e grupos a retornar à sua pátria ancestral. A maior delas se deu após a Segunda Guerra Mundial, potencializada pelos horrores do holocausto.

Por conta disso, o movimento Sionista foi fundado no final do século XIX, transformando o conceito em um modo de vida, e o Estado de Israel o transformou em lei, concedendo cidadania a qualquer judeu que desejasse se estabelecer no país.

Por terem sido muito perseguidos e oprimidos, Israel possui uma liberdade religiosa incomum, apesar do estado ter a lei judaica como princípio. De acordo com o pesquisador Rodrigo Silva, em entrevista ao Programa Pânico, na região do Monte do Templo/Esplanada das Mesquitas, é comum ver islâmicos orando no Muro das Lamentações, sob gerência Judaica, mas judeus e cristãos não podem entrar no Domo da Rocha, onde se tem o que acredita ser a pedra onde Abraão sacrificaria seu filho.

Outro ponto a se comentar, é que desde o início da partilha, israelenses aceitaram as divisões, enquanto os árabes e palestinos não aceitam e pregam a destruição total do estado de israel. Vale lembrar que o termo “Palestina” tem origem na dominação romana, após várias revoltas dos judeus.

Na ocasião, o Imperador Adriano, mudou os nomes da cidade de Jerusalém e da Província da Judéia para Aelia Capitolina e Siria Palestina (respectivamente). O termo Palestina vem da raiz judaica “Pleshet” de onde também vem o nome do povo bíblico dos Filisteus. Adriano trocou os nomes com intuito de exterminar a cultura judaica na região, o que em parte deu certo...

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