domingo, 24 de novembro de 2024
Foto: Divulgação/OceanGate
Não se fala em outro assunto a não ser nos milionários desaparecidos em uma excursão aos destroços do Titanic. A expedição, que iria ao encontro do naufrágio mais famoso do mundo, desapareceu cerca de 1h45 minutos após o mergulho, ao perder o contato com a plataforma. Isso nos faz refletir sobre até onde somos capazes de nos arriscar por novas experiências. Desaparecido desde domingo, hoje (22), a Guarda Costeira dos EUA confirmou a implosão do submarino e a morte dos ocupantes.
A pergunta que fica é: vale a pena correr o risco de morrer para ter uma experiência dessas, sem ter certeza da segurança do processo? Trazendo para algo mais próximo da nossa realidade, você faria um passeio de ônibus controlado por joystick? Saltaria de bungee jumping sem saber da procedência dos equipamentos de segurança? Pois aparentemente foi o que quatro dessas cinco vítimas fizeram: gastaram milhões para entrar em um cubículo na expectativa de um momento marcante, mas que se tornou a última viagem de suas vidas.
Muitas experiências perigosas são atrativas, como a viagem ao espaço pela Blue Origin, de Jeff Bezos, mas tudo tem limite. Existe uma grande diferença entre “perigoso” e “insano”. Você pode optar por uma atividade arriscada e feita de forma segura, com garantias e comprovações técnicas de que apesar de assustador, você pode ir tranquilo que vai dar tudo certo. Este definitivamente não era o caso do submarino Titan, que não possuía nenhum selo técnico, sem nem mesmo acentos ou cintos de segurança e ainda operado por um controle de vídeo game. Não precisa ser um gênio para saber como isso iria terminar.
E você? Se quisesse ver o Titanic, esperaria passar na Sessão da Tarde ou iria na próxima expedição do submarino Titan?
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