segunda-feira, 17 de novembro de 2025
O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, gerou controvérsia ao comentar de forma depreciativa sua passagem por Belém (PA), onde esteve nos dias 6 e 7 de novembro para a Cúpula de Líderes da COP30. Em discurso no Congresso Alemão do Comércio, na última semana, ele afirmou que nenhum dos jornalistas que o acompanhavam desejaria permanecer na capital paraense.
“Vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil: ‘Quem de vocês gostaria de ficar aqui?’. Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos voltado para a Alemanha, especialmente daquele lugar onde estávamos”, declarou Merz ao público do setor varejista.
Durante o discurso, o chanceler reforçou a necessidade de “defender a Alemanha”, destacando que o país possui uma das sociedades mais livres do mundo e que preservar sua democracia e ordem econômica deve ser tarefa coletiva. Ele pediu “proporção e equilíbrio” nas decisões e defendeu a união entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
A fala contrasta com o tom adotado por Merz durante a COP30, quando se comprometeu a contribuir com um “valor significativo” para o Fundo Florestas para Sempre (TFFF), criado para apoiar financeiramente países que preservam florestas tropicais. O chanceler, no entanto, não detalhou a quantia.
Ainda no Brasil, ele elogiou o formato de mutirão para custear o programa e afirmou que a política climática alemã precisa caminhar ao lado da economia. “A Alemanha mantém seus compromissos climáticos, mas agora não faz mais política climática contra a economia, e sim junto com ela”, declarou.
As declarações sobre Belém repercutiram negativamente, especialmente por terem sido feitas poucos dias após sua participação na conferência climática sediada no Brasil.
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