quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, confirmou, nesta quarta-feira (19), que o volume de insumos para a vacina CoronaVac, que chegará ao Brasil na próxima semana, será menor do que foi inicialmente previsto. A quantidade confirmada pelo governo chinês é de apenas 3 mil litros de insumo farmacêutico ativo (IFA) mil a menos que o esperado. A previsão é que chegue ao Brasil, entre os dias 25 e 26 de maio, os 3 mil litros de insumos para a vacina, que serão suficientes para fabricar aproximadamente 5 mil doses de vacina.
Com o atraso na chegada dos materiais, Dimas Covas prevê que haverá atraso também na entrega das doses da vacina ao Ministério da Saúde. “O Butantan tinha uma previsão de entrega de 12 milhões de doses da vacina CoronaVac em maio e 6 milhões em junho para o Ministério da Saúde. Para totalizar esse volume, precisaríamos de 10 mil litros de insumos, que deveriam estar disponíveis no começo de maio. Na primeira previsão, no início desta semana, chegou a informação da Sinovac de que teria solicitado autorização para 4 mil litros de insumos, e ontem foram autorizados efetivamente 3 mil litros de insumos. Com isso, o cronograma de entrega de vacina para o Ministério da Saúde não se cumprirá, e aguardamos a próxima remessa de matéria-prima”, disse Covas.
A produção de vacinas contra a covid-19 no Butantan está paralisada desde a última sexta-feira (14), de acordo com o instituto, a falta de matéria-prima ocorreu por problemas burocráticos provocados por declarações de membros do governo brasileiro sobre a China.
No último domingo (16), ao participar da abertura de uma campanha de testagem da população para o novo coronavírus, em Botucatu (SP), Marcelo Queiroga, o ministro da Saúde comentou a interrupção na produção de vacinas contra a covid-19 “É importante passar uma mensagem positiva para a sociedade brasileira, e não essa cantilena de que está faltando. O Brasil precisa de tranqüilidade para superarmos juntos essa dificuldade sanitária”, disse.
Questionado se os problemas com o IFA poderiam ser reflexos de questões diplomáticas com a China, Queiroga disse que o país asiático tem sido um grande parceiro para o Brasil e que não vê nenhuma fissura nas relações entre o governo brasileiro e o chinês.
“O presidente Jair Bolsonaro tem uma excelente relação não só com a China, mas com todas as nações com que o Brasil estabelece relações internacionais. A China integra um bloco econômico importante que é o Brics, o Brasil faz parte, a Rússia faz parte, e as relações são absolutamente normais”, declarou Queiroga.
(Com informações da Agência Brasil)
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