Após ser convidado por Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, junto a outros 39 líderes mundiais, para participar de uma reunião sobre o clima – a “Cúpula dos Líderes sobre o Clima, que ocorrerá nos dias 22 e 23 de abril, de forma online com transmissão ao vivo –, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao representante dos EUA prometendo zerar o desmatamento ilegal no Brasil até o ano de 2030.

“Queremos reafirmar nesse ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por vossa excelência, o nosso compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030”, assegurou o presidente.

Na carta, Bolsonaro afirmou que são necessários "recursos vultosos e políticas públicas abrangentes", bem como que o país precisa do apoio da comunidade internacional –inclusive dos EUA –, do setor privado e da sociedade civil para concretizar a promessa efetuada na carta.

"Alcançar essa meta, entretanto, exigirá recursos vultosos e políticas públicas abrangentes, cuja magnitude obriga-nos a querer contar com todo apoio possível, tanto da comunidade internacional, quanto de Governos, do setor privado, da sociedade civil e de todos os que comungam desse nobre objetivo. Neste âmbito, naturalmente que o apoio do Governo dos Estados Unidos, do setor privado e da sociedade civil americana serão muito bem-vindos”, comentou.

O presidente ainda disse que irá ouvir "entidades do terceiro setor", "indígenas" e "comunidades tradicionais" para lutar contra o desmatamento sem utilizar somente medidas de "comando-e-controle", mas também usufruindo de "alternativas que reduzam o apelo das atividades ilegais".

Segundo um levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento realizado na Amazônia em 2020 foi o maior ocorrido nos últimos 10 anos, onde foi registrado um aumento de 30% em comparação ao ano anterior. Há, ainda, a análise dedados de Satélite, que apontam para a derrubada de aproximadamente 8 mil km² de floreta.

Do outro lado da promessa efetuada e do pedido de auxílio para a sua concretização, o presidente apresentou, na carta, dados referentes à preservação ambiental no Brasil, afirmando que era “evidente a magnitude dos esforços que a Nação brasileira realizou, através dos séculos, para preservar esse patrimônio”.

(Com informações do G1)