quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro realizou discurso de abertura dos Debates Gerais da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que acontece em Nova York, nos Estados Unidos.
No discurso, que durou 30 minutos, o presidente falou sobre economia, sobre a Amazônia, sobre o agronegócio no Brasil entre outras coisas. Ainda sobre a Amazônia, Bolsonaro diz que a mesma permanece praticamente “intocada”, negando que o bioma esteja sendo devastado e atacou nações que alega ameaçarem a soberania do Brasil.
Bolsonaro rebateu as falas de Macron, sem citação nominal, sobre as queimadas na Amazônia. Em discurso disse ser um equívoco dizer que a floresta é o pulmão do mundo, frase essa dita pelo francês no mês passado.
“Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada. Prova de que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente (...). Ela não está sendo devastada e nem consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a mídia. Cada um de vocês pode comprovar o que estou falando agora", discursou.
O presidente ainda disse que o país sofre “ataques sensacionalistas” por parte da mídia em relação ao meio ambiente e destacou que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio deve ser tratada com respeito à soberania brasileira. Falando ainda sobre a mídia Bolsonaro disse em resposta a Macron “Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista”.
Ele criticou o líder indígena Raoni, dizendo que pessoas como ele são usadas como “peça de manobra” para que governos estrangeiros possam avançar seus interesses na Amazônia.
País socialista?
Bolsonaro disse no discurso que o Brasil trabalha para reconstruir a confiança do mundo e diminuir problemas como desemprego e violência. O presidente discursou que o país esteve muito próximo ao socialismo que nos colocou numa situação de corrupção generalizada, com grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos valores familiares e religiosos que formam nossas tradições.
Sobre o programa Mais Médicos o presidente lembrou que boa parte dos médicos deixou o Brasil antes mesmo que ele assumisse a presidência, e que os que ficaram no país terão que se submeter à qualificação para exercer a profissão.
"Deste modo, nosso país deixou de contribuir com a ditadura cubana, não mais enviando para Havana 300 milhões de dólares todos os anos", falou.
Bolsonaro também falou sobre situação na Venezuela, dizendo que o país experimenta a “crueldade do socialismo” e que o Brasil tem sentido isso por causa do alto número de imigrantes.
"A Venezuela, outrora um país pujante e democrático, hoje experimenta a crueldade do socialismo. O socialismo está dando certo na Venezuela. Todos estão pobres e sem liberdade", afirmou.
Agricultura e preservação
O presidente também reforçou a importância da agropecuária brasileira e disse como o governo pretende aliar a produção e preservação. “Não podemos esquecer que o mundo precisa ser alimentado. Países como França e Alemanha, por exemplo, utilizam mais de 50% de suas terras para a agricultura, enquanto o Brasil usa apenas 8% de terras para a produção de alimentos. 61% do nosso território é preservado”.
Terras indígenas
Jair Bolsonaro afirmou que a demarcação das terras indígenas no Brasil para 20% não deve acontecer, como alguns países haviam sugerido. De acordo com ele o país possui cerca de 14% do território nacional regularizado como terras indígenas, entretanto é preciso rever o conceito no qual a sociedade brasileira trata a comunidade existente.
"O Brasil agora tem um presidente que se preocupa com aqueles que lá estavam antes da chegada dos portugueses em 1.500. O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de terá rica", disse ele.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.