quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Após a chefe do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria van Kerkhove, informar que a transmissão do novo coronavírus por pacientes sem sintomas parece ser “rara”, a entidade veio à público nesta terça-feira (9) explanar e confirmar que sim, as pessoas assintomáticas transmitem o vírus – apenas não se sabe o nível da disseminação.
“Estamos absolutamente convencidos de que a transmissão por casos assintomáticos está ocorrendo, a questão é saber quanto”, assegurou Michael Ryan, diretor de emergências da OMS.
Além disso, Kerkhove também voltou a se manifestar para explicar o que restou subentendido, informando que as pesquisas ainda estão em andamento. “A maioria das transmissões que conhecemos ocorre por pessoas com sintomas que transmitem o vírus por meio de gotículas infectadas. Mas há um subconjunto de pessoas que não desenvolvem sintomas”, disse.
“Acho que é um mal-entendido afirmar que uma transmissão assintomática globalmente é muito rara, sendo que eu estava me referindo a um subconjunto de estudos. Também me referi a alguns dados que ainda não foram publicados, e essas são as informações que recebemos de nossos Estados-Membros”, acrescentou a chefe do programa.
Pré-sintomáticos e assintomáticos
A declaração de Kerkhove levantou uma pauta que está sendo discutida ultimamente, quanto os pacientes pré-sintomáticos e assintomáticos. A pessoa assintomática não desenvolve os sintomas do coronavírus, como febre, tosse e dificuldades para respirar. Já os pré-sintomáticos possuem o vírus em circulação no corpo, porém em período de incubação, próximo do início dos sintomas.
“Assintomáticos são aqueles que testam positivo, mas nunca chegam a desenvolver os sintomas. E como sabemos disso? Porque os testamos repetidas vezes, eles continuam positivos, mas sem sintomas. Tem também aquelas pessoas com sintomas leves, mas que não correlacionam isso com doença, e como o sintoma é subjetivo, já viu a confusão que isso pode causar. Então, primeiro já fica óbvio que não é tão simples assim determinar quem é pré-sintomático ou com sintomas muito leves”, afirma Natália Pasternak, bióloga formada pela Universidade de São Paulo (USP), PhD com pós-doutorado em Microbiologia.
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