quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O consumo de álcool causa 2,6 milhões de mortes anuais no mundo, alertou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta terça-feira (25). A agência da ONU observou que o consumo de álcool é responsável por uma em cada 20 mortes anuais no mundo, devido a acidentes de trânsito, problemas de dependência e doenças como cardiovasculares, câncer ou cirrose. O relatório ainda estima que os homens representam quase 75% das mortes.
O documento destacou que a taxa de mortalidade devido ao álcool caiu ligeiramente, mas permanece alta. “As consequências sociais e os encargos para os sistemas de saúde permanecem inaceitavelmente altos”, publicou a OMS.
“O consumo de substâncias prejudica gravemente a saúde de uma pessoa, aumenta o risco de doenças crônicas, problemas de saúde mental e, infelizmente, causa milhões de mortes evitáveis”, afirmou o diretor da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus. O relatório revela que os jovens são desproporcionalmente afetados e que o grupo mais prejudicado, que corresponde a 13% das mortes, é o das pessoas entre 20 e 39 anos.
CÂNCER E ACIDENTES DE TRÂNSITO
O consumo de álcool está vinculado a doenças como a cirrose e alguns tipos de câncer. Do total de mortes atribuíveis ao álcool em 2019, 474 mil foram por doenças cardiovasculares e 401 mil por diversos tipos de câncer. Além disso, foram registradas 724 mil mortes devido a lesões, seja por acidentes de trânsito ou por automutilação.
A dependência desta substância também torna as pessoas mais suscetíveis a contrair doenças infecciosas. Globalmente, cerca de 209 milhões de pessoas sofriam de dependência do álcool em 2019, representando 3,7% da população mundial. A região com a maior taxa de consumo per capita é a Europa, seguida pelas Américas.
REPERCUSSÃO
Na web, internautas repercutiram o caso. “O cigarro mata 5 milhões de pessoas por ano. O álcool mata quase 3 milhões. Não existem, porém, registros médicos de mortes por maconha” e “Por que drogas como álcool e tabaco são liberados e a maconha não?”, foram alguns dos comentários.
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