A agricultura 4.0 é também conhecida como agricultura digital, e se baseia no uso da tecologia de ponta, além da automatização de processos e na análise de dados em larga escala na produção agrícola.

Quando utilizadas em conjunto, essas técnicas têm como objetivos principais: melhorar a produtividade agrícola e a eficiência na utilização de insumos, reduzir custos, aumentar a segurança dos trabalhadores e diminuir os impactos ambientais causados pela atividade agrícola.

Ela surge como uma ferramenta de extrema importância e uma garantia do abastecimento da cadeia produtiva de alimentos para as próximas gerações. O mundo passa hoje por momentos de transformação, e, é necessário incorporá-las aos sistemas de produção de maneira positiva.  

Desde a aplicação de técnicas de melhoramento genético de sementes e a utilização de biotecnologia para crescimento da produção, a agricultura digital pode aperfeiçoar o uso dos recursos naturais, aumentando a produtividade e também, diminuir o impacto negativo do plantio no meio ambiente.

Uma das técnicas mais utilizadas é a agricultura de precisão. Com ela, utilizando as tecnologias de referenciamento e posicionamento dos sistemas de GPS avançadas, é possível gerenciar o campo metro por metro. Assim, é possível controlar a quantidade de insumos, fertilizantes e defensivos exata para cada área e o momento exato de utilizá-los. A utilização da agricultura de precisão gera economia financeira, poupa o meio ambiente e aumenta consideravelmente a produtividade das áreas.  

Para Me. Estevão Rodrigues, agrônomo, professor de Entomologia e Manejo de Pragas do Curso de Agronomia da Faculdade Objetivo, a agricultura 4.0 é um projeto que envolve não só o agricultor, mas todos.

“Hoje a tecnologia entrou de tal forma na agricultura que cada vez mais as pessoas que desenvolvem máquinas, aplicativos e ferramentas estão trabalhando com a possibilidade de introduzir isso no meio agro. A agricultura de precisão é fantástica, como exemplo, antigamente o produtor tinha 100 hectares, e a análise de solo pediu para ele distribuir 400 kg de adubo, hoje, com a agricultura de precisão ele consegue mapear e ver exatamente onde ele pode e deve aplicar, sabendo quais são os pontos específicos que ele vai utilizar. A agricultura de precisão faz isso, você só distribui o que é realmente necessário, não tem desperdício. Dessa forma, impacta menos o ambiente. Porque nós sabemos que hoje o adubo é extraído de alguma rocha, então, se a gente usa menos adubo, poupará o meio ambiente e nós vamos produzir um volume maior.”