quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O velório da cantora sertaneja Marília Mendonça e de seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias será realizado, neste sábado (6), de 13h às 16h, no Ginásio Goiânia Arena. Após, conforme informado pela Secretaria Municipal de Mobilidade, haverá um cortejo do local em que os corpos serão velados ao Cemitério Memorial Parque, em Goiânia, onde ocorrerá o enterro.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), decretou, ainda nesta sexta-feira (5), o luto oficial de três dias no Estado. O político ainda disponibilizou o Goiânia Arena para um velório aberto ao público, caso esse fosse o desejo da família, que concordou com a proposta. A expectativa é de que mais de 100 mil pessoas compareçam para prestarem suas últimas homenagens à cantora. Apesar do cortejo para o enterro, a assessoria informou que o sepultamento será preservado somente aos familiares.
O avião havia decolado do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, no início da tarde de sexta (5), com destino ao aeroporto de Ubaporanga, em Minas Gerais, quando há aproximadamente 2km da pista de pouso, sofreu uma queda em uma cachoeira na zona rural de Caratinga, que levou a morte todos os 5 ocupantes da aeronave.
Vítimas
Foram 5 vítimas do acidente aéreo. Marília Mendonça, de 26 anos; Henrique Ribeiro, produtor geral da cantora; Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor da artista; Geraldo Martins de Medeiros Júnior, de 56 anos, piloto da aeronave e Tarciso Pessoa Viana, copiloto do avião.
Marília deixa o filho Léo, de 1 ano e 10 meses, Henrique deixa um filho que mora com a mãe, em Minas Gerais, Abicieli deixa esposa e filha que havia nascido no mês de maio desse ano e Geraldo deixa a filha Vitória Medeiros, de 19 anos, que utilizou as redes sociais para prestar homenagem ao pai.
Colisão com cabo de torre de alta tensão
Até o momento ainda não há informações sobre as causas do acidente, o que será apurado pela Aeronáutica. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o avião estava com as documentações em dias e possuía autorização para realizar o táxi aéreo. Apesar da motivação incerta, uma parte do acidente já foi confirmada: a aeronave atingiu um cabo de uma torre de alta tensão, conforme divulgado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) por meio de nota.
De acordo com informações preliminares de testemunhas e outros pilotos que sobrevoaram a região próximo ao momento do acidente aéreo revelaram que o avião “rasgou” os fios de alta tensão ligados a uma torre. Nos meses de setembro e agosto os órgãos aéreos já haviam recebido denúncias de pilotos afirmando que aqueles fios elétricos atrapalhariam a realização de pouso no aeródromo de Caratinga.
Falha no avião havia sido denunciada há 6 meses
Uma denúncia anônima foi realizada, 6 meses antes do acidente desta sexta (5), para a empresa do avião que transportou Marília e as outras quatro vítimas. Segundo a denúncia, a aeronave operada pela PEC Táxi Aéreo estava com problemas no sistema antiebaçamento do para-brisa, o que dificultaria os pousos e decolagens. Até o momento, no entanto, ainda não existem indícios de que essa falha esteja ligada ao acidente.
O caso foi apurado pelo Ministério Público Federal (MPF), em Goiás, mas foi arquivado posteriormente com a informação da Anac de que o problema havia sido corrigido. Documentos obtidos pela BBC News Brasil (responsável por estas informações da denúncia de defeito anterior na aeronave) mostram que, além da informação referente à problemas nas instalações elétricas dos aviões utilizados pela empresa, houveram, ainda, denúncias referentes ao desrespeito à jornada de trabalho dos pilotos.
O recebimento da denúncia ocorreu no mês de maio deste ano e o arquivamento da investigação foi feito no dia 12 de agosto. O que chama atenção, no momento, é que este processo, que estava aberto para qualquer pessoa que acessasse o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da Anac, teve seu status mudado para “restrito” por volta das 19h de sexta, poucas horas após o acidente.
A Anac não informou qual seria a justificativa para a restrição do processo, se atendo a informar que “De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido até 01/07/2022. A empresa tinha autorização para operar táxi-aéreo”.
(Com informações do G1 Goiás, DF e Minas Gerais, e da BBC News Brasil)
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