quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Uma operação da Polícia Civil apreendeu carros de luxo, eletrônicos e relógios, em Anápolis e Goiânia. Empresas são investigadas na operação por aplicar golpes com falsos prêmios, que eram divulgados por famosos e digitais influencers. Nove pessoas foram presas suspeitas de aplicar golpes com falsos prêmios de capitalização.
Em nota à TV Anhanguera, a defesa da empresa Anaprêmios informou que ainda não se manifestará, por se encontrar em sigilo o processo. Como os presos não tiveram os nomes divulgados, o g1 não conseguiu localizar as defesas. O G1 entrou em contato com Maurício Mattar, que aparece em uma das propagandas das empresas investigadas, para que pudesse se posicionar, mas até a publicação dessa reportagem, não houve resposta.
Os cumprimentos dos mandados de prisão, busca e apreensão, se iniciaram na última segunda-feira (8). Folhas de cheque, arma de fogo e os materiais cenográficos usados para fazer a gravação dos sorteios também foram apreendidos e devem passar por perícia. Os presos são suspeitos de três crimes, estelionato, lavagem de capitais e organização criminosa. Os mandados foram cumpridos em Anápolis, Goiânia e no estado do Mato Grosso.
Segundo Luiz Carlos da Cruz, delegado responsável pelo caso, quatro empresas, que ofereciam prêmios entre R$ 1 mil e R$ 700 mil, foram alvos da operação. "Nós identificamos um conglomerado empresarial. São no mínimo quatro empresas, todas com o mesmo objeto social. Vendiam títulos de capitalização e prometiam prêmios, desde prêmios de R$ 1 mil até prémios altos, de R$ 700 mil", disse o delegado em coletiva de imprensa.
Segundo a Polícia Civil, a investigação se iniciou em janeiro de 2023. Nesse período, foi descoberto que os ganhadores dos prêmios não existiam. "Nós identificamos um possível ganhador, que apresentava um comprovante nas redes sociais. Esse comprovante era de um banco da Caixa Econômica Federal. Nós consultamos a Caixa e verificamos que esse ganhador se quer é cliente do banco. Verificamos que essa conta se quer era daquela pessoa. A agência e conta estavam atreladas a um dos sócios desse conglomerado empresarial", disse o delegado.
A investigação segue na tentativa de descobrir se influenciadores que participavam da divulgação dos prêmios tinham conhecimento da fraude.
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